O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, enviou uma nota ao UOL criticando a reportagem das colunistas Carolina Brígido e Carla Araújo sobre a estratégia adotada pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação é do próprio veículo.
O texto criticado pelo Ministro foi publicado nesta sexta-feira (24), por Carolina Brígido, em sua coluna no UOL. No texto, ela diz que ministros do TSE afirmam, de forma reservada, que os advogados de Bolsonaro ‘mataram’ a chance de defesa do ex-presidente ao recorrerem ao STF a respeito da inelegibilidade.
Na opinião desses magistrados que teriam sido ouvidos pela colunista, o melhor ao ex-presidente era ficar recorrendo ao próprio TSE e aguardar a mudança no quadro de ministros, na expectativa, talvez, da chegada à Corte Eleitoral de Ministros que fossem mais tolerantes às acusações a Bolsonaro.
Contudo, como os advogados do ex-chefe do Executivo partiram para o STF, onde Bolsonaro tem mais rejeição, a chance de a questão ter ‘trânsito em julgado’ é maior. Clique AQUI para ler na íntegra.
Mas, segundo o ministro, tudo isso não existe. Para Alexandre de Moraes, a matéria ‘Defesa matou chance de Bolsonaro concorrer em 2026, dizem ministros do TSE’ é mentirosa. “Sob o manto do sigilo de fonte, a jornalista inventou fatos e versões”, diz a nota, “que não aponta qual informação o ministro considera equivocada”, relata o UOL.
Apesar da declaração do ministro, o UOL afirma que “reitera a veracidade” do conteúdo da reportagem, que “contou com apuração junto a ministros que integram a corte eleitoral”.
Moraes também criticou o texto publicado pelo colunista do UOL, Wálter Maierovictch, no qual ele diz que os ministros do TSE que foram fontes da matéria se comportaram de forma ‘fofoqueira’ e antiética. Clique AQUI para ver este texto.
“Ainda mais lamentável é o fato de um jurista como Wálter Maierovictch ter repercutido a matéria em sua coluna sem checar a veracidade das informações, elaborando uma coluna baseada em informações falsas”.
Moraes afirmou ainda que “a imprensa livre é um dos principais pilares democráticos em qualquer país”, mas que a reportagem em questão seria semelhante a uma fake news.
“Infelizmente, ao haver esse tipo de publicação em veículo de relevância nacional como o UOL, constata-se que as fake news e notícias fraudulentas não ficam restritas apenas às redes sociais. Não há democracia sem uma imprensa forte, consciente e responsável. Essa responsabilidade, portanto, deve ser exercida diuturnamente e incansavelmente por todos os profissionais da imprensa”, finaliza a nota. Clique AQUI para ver esta publicação do UOL. (Foto: STF)
