Em entrevista ao jornal Valor Econômico, nesta segunda-feira (6), o ministro do Trabalho de Lula, Luiz Marinho, afirmou que seu desejo de ‘regulamentação’ dos aplicativos deverá ser discutida com as empresas que atuam no setor. Ele afirmou que não está preocupado com a possibilidade de a Uber, por exemplo, decidir deixar de operar no Brasil.
Segundo Marinho, caso isso aconteça, ele poderia acionar os Correios para criar um aplicativo semelhante para o transporte de passageiros. “Posso chamar os Correios, que é uma empresa de logística, e dizer para criar um aplicativo e substituir. Aplicativo se tem aos montes no mercado. Não queremos regular lá no mínimo detalhe. Ninguém gosta de correr muito risco, especialmente os capitalistas brasileiros”, disse o ministro.
Moto táxi
Também hoje, Marinho disse que é contra serviços de moto táxi por aplicativo em grandes cidades, anunciado pela Uber em São Paulo e Rio de Janeiro, e pela 99, em SP, mas logo suspensos após reclamações das duas prefeituras.
“Na minha visão seria uma irresponsabilidade autorizar o transporte de pessoas em motos”, disse ele a jornalistas antes da posse de Aloísio Mercadante como presidente do BNDES. “Os prefeitos estão corretíssimos”, complementou o ministro se referindo a São Paulo e Rio de Janeiro.
Segundo Marinho, na visão de trânsito nas grandes cidades é muito intenso e perigoso, o que colocaria em riso a integridade dos motociclistas e passageiros. “A entrega de mercadorias já representa o maior índice de acidentes nas grandes cidades; portanto colocar um passageiro na traseira de uma moto seria uma grande irresponsabilidade”, acrescentou.
Marinho disse esperar que o Congresso se debruce sobre o tema e ressaltou que em cidades menores esse tipo de serviço eventualmente poderia ser liberado. “Em grandes cidades é muito perigoso”, disse o ministro, afirmando que é “plenamente contra” o serviço de mototáxis em grandes cidades.
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