O Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse neste sábado (27) que tem “pressa” para retomar a reforma agrária. Atenção: não confundir com o Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. A pasta de Paulo Teixeira é responsável pelas ações de ‘reforma agrária’, ‘regularização fundiária’, regularização de territórios quilombolas, cadastro de imóveis rurais, entre outros.
“O tempo político nosso é o tempo da pressa. A bandeira política nossa é a reforma agrária”, enfatizou Teixeira ao discursar no encerramento do encontro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O encontro reuniu ao longo da semana os dirigentes do movimento na Escola Nacional Florestan Fernandes em Guararema, na Grande São Paulo. O espaço é um centro de formação do MST, que comemora 40 anos de fundação.
Em entrevista coletiva, os representantes dos sem-terra reclamaram dos “poucos avanços” na redistribuição de terras durante o primeiro ano de governo Lula.
O ministro petista afirmou, no entanto, que está “preparado” para superar os “obstáculos” e conduzir um programa que garanta terras para as famílias camponesas. “Sobre a reforma agrária, nós vamos tocar em todos esses pilares da dificuldade histórica do Brasil. Nós já estamos preparados para desencadear esse processo de reforma agrária”, disse.
A ‘violência no campo’ foi outro tema que Teixeira prometeu enfrentar. “Nós estamos mapeando todos os conflitos no campo e vamos denunciar essa milícia que se forma no Brasil e que matou uma indígena no sul do Bahia, nesta semana. Não vamos admitir que os movimentos indígenas, os movimentos quilombolas e os movimentos pela reforma agrária sofram violência. E nós vamos continuar lutando contra elas e contra aqueles que as praticam”, destacou.
Também participaram do evento os ministros dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Silvio de Almeida; do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; da Secretaria de Governo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, além do ex-ministro petista Zé Dirceu. Assista abaixo á fala de Paulo Teixeira.