O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, determinou, nesta terça-feira (4), que a Polícia Federal abra uma investigação sobre institutos de pesquisa de intenção de voto que erraram as previsões para as eleições deste ano.
“Acabo de encaminhar à #PF , pedido de abertura de inquérito sobre a atuação dos institutos de pesquisas eleitorais. Esse pedido atende a representação recebida no #MJSP , q apontou “condutas que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados” por alguns institutos”, afirmou Torres em suas redes sociais.
🚨🚨🚨 Acabo de encaminhar à #PF , pedido de abertura de inquérito sobre a atuação dos institutos de pesquisas eleitorais. Esse pedido atende a representação recebida no #MJSP , q apontou “condutas que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados” por alguns institutos.
— Anderson Torres (@andersongtorres) October 4, 2022
As principais empresas do país que fazem levantamentos sobre a preferência do eleitorado brasileiro erraram diversas previsões para o primeiro turno deste ano, que aconteceu no domingo (2). Algumas amostras, por exemplo, davam menos de 40% dos votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que teve mais de 43% dos votos.
Para que o Ministério da Justiça comunique a PF sobre a necessidade de investigação, é necessário que ocorra uma representação por parte de alguém que se sinta prejudicado. No caso dos institutos de pesquisa, a comunicação de crime foi protocolada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Segundo Torres, em entrevista à Record, os institutos de pesquisa podem ter incorrido em divulgação fraudulenta de pesquisa eleitoral, crime previsto na lei das eleições. “É um crime que, em tese, induz as pessoas a tomar a sua decisão. Fere o direito constitucional do voto, da livre decisão do cidadão. Então, é extremamente importante a apuração para evitar esse tipo de conduta. Se realmente houve, precisa ser investigado e precisa ser punido.”
Ainda de acordo com o ministro, “em uma era que se fala tanto de fake news, se uma pesquisa é falsa, fraudulenta, não tem fake news maior do que essa em um momento tão importante para a nação quanto é a eleição. A eleição presidencial principalmente, que vai decidir o rumo do país”, frisou.
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