Ministra do STM se diz ‘decepcionada’ com indicações de Lula

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A ministra Maria Elizabeth Rocha, primeira mulher a presidir o Superior Tribunal Militar (STM), criticou as escolhas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Judiciário, classificando-as como decepcionantes por não ampliarem a presença feminina nos tribunais.

“É extremamente frustrante, triste e decepcionante, porque o presidente Lula não tem entregado a nós, mulheres, aquilo que ele prometeu”, afirmou em entrevista ao jornal O Globo.



Rocha destacou que há um sentimento de ressentimento entre as magistradas diante da falta de avanços. “Vamos ver como será agora com as próximas indicações para o STJ. Tudo que se comenta é que serão homens, mas tomara que ele nos surpreenda”, declarou.

Durante seu terceiro mandato, Lula nomeou dois homens para o Supremo Tribunal Federal (STF): Cristiano Zanin, que assumiu o lugar de Ricardo Lewandowski, e Flávio Dino, escolhido para a vaga de Rosa Weber após sua aposentadoria em setembro de 2023. Atualmente, a única mulher na mais alta corte do país é a ministra Cármen Lúcia.



Em suas declarações, Maria Elizabeth Rocha também falou sobre a desigualdade estrutural no Judiciário: “Nós pensamos que estamos dentro, mas não estamos na verdade. É uma falsa percepção da realidade. Eu procuro defender a voz das minorias, mas não só das mulheres, já que eu sou a única do meu gênero (no STM), eu procuro defender a voz de todas as pessoas que são excluídas em uma sociedade que ainda é uma sociedade de homens.”

Atualmente, há duas vagas em aberto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para escolha de Lula, abertas com a aposentadoria de duas mulheres: Laurita Vaz e Assusete Magalhães.



Para a futura presidente do STM, indicada ao cargo pelo próprio Lula, em 2006, é “inconcebível” uma única mulher integrar a Suprema Corte atualmente.

“Não há o que falar sobre as virtudes do ministro Flávio Dino, a questão não é essa. A questão perpassa uma outra discussão, que é uma discussão onde a exclusão não pode mais permanecer em uma sociedade de iguais. Uma única mulher integra a Suprema Corte, e isso é inconcebível”, afirmou Maria Elizabeth.



“E um presidente que prometeu a isonomia de gênero, a isonomia entre pessoas… Os papeis sociais não podem estar hierarquizados. As pessoas não podem ter os seus lugares pré-definidos por aqueles que não querem deixar o poder que ocupam. É preciso que haja, em uma República, virtudes cívicas que distribuam igualitariamente as relações de poder.”. E mais: Guardiola dispara contra torcedores e diz que não dará mais autógrafos: “não venham de novo”. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: UOL; O Globo)

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