O Ministério Público pediu, nessa sexta-feira (29), à plataforma de mensagens WhatsApp que adie o lançamento no Brasil de seu novo recurso chamado “Comunidades” até janeiro para evitar a disseminação de “notícias falsas” durante e tão imediatamente após as eleições em outubro. As informações são da Reuters.
Os procuradores federais disseram que o alcance ampliado da nova ferramenta ocorre “em um momento em que notícias falsas sobre o funcionamento das instituições e a integridade do sistema eleitoral brasileiro podem colocar em risco a estabilidade democrática do país”.
O MPF disse que as “Comunidades” poderia prejudicar as “medidas eficientes” tomadas pelo WhatsApp nos últimos anos para conter a disseminação de notícias falsas.
O serviço de mensagens de propriedade da Meta Platforms (a mesma do Facebook e Instagram) concordou em abril em adiar o lançamento da nova plataforma até depois de um eventual segundo turno, no final de outubro.
Mas o MPF disse em comunicado que isso não foi suficiente para mitigar os “graves riscos que um aumento da desinformação pode gerar nos últimos dois meses do ano”.
Um porta-voz do WhatsApp disse que a empresa continuará avaliando cuidadosamente o melhor momento para lançar a nova plataforma e responderá devidamente ao pedido das autoridades.
A função das Comunidades é agregar até 10 grupos em um mesmo espaço compartilhado no WhatsApp, o que, na prática, permitirá o envio de uma mesma mensagem para 2.560 pessoas ao mesmo tempo.