Milhares de pessoas protestam na Bélgica contra aumento da energia e inflação

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Nesta quarta-feira (21), cerca de 10.000 pessoas se reuniram na Place de la Monnaie, em Bruxelas, capital da Bélgica para exigir mais poder de compra como parte da terceira greve nacional deste ano contra a inflação e o aumento da energia, organizada conjuntamente pelos três sindicatos belgas. As informações são do portal The Brussels Times, do país europeu.

A ação foi organizada pelos sindicatos ACV, ABVV e ACLVB. Os três afirmara que estão recebendo cada vez mais sinais de pessoas que lutam para pagar suas contas. Os sindicatos estão pedindo ao governo que torne a energia mais acessível, por exemplo, por meio de mais controle estatal ou taxando e redistribuindo os lucros excedentes das empresas de energia.

“Esperávamos cerca de 4.000 pessoas, mas cerca de 10.000 compareceram. Isso realmente mostra que temos o dedo no pulso e que o copo não está apenas cheio, mas transbordando”, disse Stefaan Decock, secretário-geral do ACV, ao The Brussels Times. “Atualmente, há muita frustração e raiva que precisa ser canalizada de alguma forma. Com essas ações e greves, é isso que os sindicatos estão tentando fazer.”

 

“As contas de energia são altas e o custo de todo o resto também está subindo, mas os salários das pessoas não estão subindo de acordo. Embora muitas pessoas não possam mais pagar suas contas, algumas empresas estão obtendo lucros enormes”, disse ele, alegando equivocadamente que este é “o resultado do liberalismo que foi permitido ir longe demais, tanto no nível belga quanto no europeu”.

É necessária uma “solução estrutural”
Na semana passada, o Governo Federal anunciou medidas para moderar as contas das famílias de classe média em várias centenas de euros, além de estender a tarifa social. Para o sindicato da ABVV, porém, “as medidas devem ser proporcionais à gravidade da situação. Por poder de compra, entendemos a capacidade de viver com dignidade, e não apenas de sobreviver”.

Decock, da ACV, acrescentou que, embora as medidas governamentais anunciadas recentemente tragam algum alívio, elas não são uma solução permanente para esta crise. “Também estamos esperando que os governos de Flandres, Bruxelas e Valônia anunciem medidas.”

Os 10.000 manifestantes marcharam até a sede da Federação das Empresas Belgas (FEB), interrompendo o transporte público e jogando bombas de fumaça, ovos e rolos de papel higiênico na fachada da associação patronal, fazendo com que uma janela do edifício para quebrar.

“Trabalhadores e sindicatos se reúnem em massa na Place de la Monnaie em Bruxelas contra a vida muito cara”, disse Ward Coenegrachts, do partido de esquerda PVDA, no Twitter. “Por redução drástica e bloqueio de preços de energia. Por salários mais altos para pagar nossas contas.”

Além de exigir mais poder aquisitivo, os manifestantes também se manifestam contra a lei socialista sobre aumentos salariais, que foi introduzida na Bélgica em 1996 e determina o valor máximo pelo qual os salários dos trabalhadores do setor privado podem aumentar.

Os sindicatos, no entanto, querem uma maior margem de negociação para permitir maiores aumentos salariais no setor privado, considerando que algumas empresas estão obtendo grandes lucros. Os sindicatos querem liberdade para negociar, especialmente agora que o poder de compra está sob pressão.

Comparação
O Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachida, comparou a situação em países da Europa, como a Bélgica, com o atual momento econômico do Brasil. Segundo ele, enquanto o velho continente tenta, com pouco sucesso, contornar a situação por meio de intervenção estatal, no Brasil a o liberalismo econômico mostra resultados: EUROPA: países anunciam AUMENTO de impostos e CONGELAMENTO dos preços de energia.Lá a inflação segue em alta. BRASIL: REDUÇÃO de impostos e preços LIVRES. Aqui inflação e desemprego estão em queda, renda em alta, PIB cresce mais que nos Estados Unidos. Obrigado presidente Jair Bolsonaro”.

 

E veja também: Propaganda de Bolsonaro na TV critica “educação no tempo do PT”. Clique AQUI para ver.


Fonte: The Brussels Times
Foto: reprodução rede social

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