‘Não tenho de ser amigo de Lula. Tenho de fazer Argentina e Brasil comercializarem’, diz Milei

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Na segunda parte da entrevista do presidente argentino Javier Milei à revista britânica The Economist, ele fala sobre as perspectivas de um acordo com o FMI, os aprendizados na política no seu primeiro ano à frente do governo e a relação com outros países, incluindo a China e o Brasil.

O material está sendo reproduzido, no Brasil, pelo jornal O Estado de São Pauloo. Veja abaixo trechos da entrevista e clique AQUI para ver na íntegra. (Foto: Palácio do Planalto; Fonte: Estadão)



Se você acha que boas relações com o Presidente Trump ajudam a Argentina, como discutimos com investimentos, talvez com o FMI, você não se preocupa que más relações, ou relações mais complicadas por exemplo com Lula no Brasil ou Sánchez na Espanha, poderiam prejudicar um pouco a Argentina?



Aconteceu algo agora? Quando eu fui ao G-20 no Brasil? Meu ministro da Economia e o ministro da Economia do Brasil assinaram um acordo para ajudar a Argentina a exportar. Então, quem se importa? Em outras palavras, eu não tenho que ser amigo do Lula. Não. Eu tenho que conseguir que a Argentina e o Brasil comercializem. É ótimo para mim vender gás para o Brasil. Quer dizer, não, eu não vou ser amigo do Lula, mas eu tenho uma responsabilidade institucional. Eu estou encarregado de defender os interesses da Argentina.

E com a Espanha, o mesmo?
A questão é: o que aconteceu? Não é que agora eles recolocaram o embaixador. Eles tinham retirado. E a justiça espanhola parece estar me dando razão no que eu disse. Novamente, o que eu faço é defender os interesses da Argentina.



Como você explica sua alta popularidade?
É porque eu disse às pessoas a verdade. Nossa campanha foi bastante simples. Motosserras. Desregulamentação. Reformas estruturais. Caminhando para a competição monetária. E a consequência disso é que a inflação caiu e o risco país diminuiu. A outra peça é a insegurança. Por exemplo, era impossível acabar com os piquetes. Agora não há mais piquetes. Ou o número de homicídios.

Minha política externa. O que eu disse? Alinhado com os Estados Unidos e Israel. Quer dizer, tudo que eu disse que ia fazer, eu fiz. Estou cumprindo. Além disso, quando eu assumi o cargo eu disse a vocês: “Olha, isso está prestes a explodir. Vou tentar fazer tudo o possível para que não exploda.” Eu expliquei isso aos argentinos. E as pessoas entenderam.



E agora eu digo, a economia encontrou um piso em abril. Começou a se recuperar. A inflação está caindo. O nível de atividade já é maior do que quando assumimos o cargo. Você sabe que salários, quanto os salários médios eram em dólares na taxa de câmbio paralela no início de nossa administração? 300 dólares. Hoje é 1.100. A realidade é que a pobreza, medida corretamente, era de 57% quando assumimos o cargo. Hoje é 46%. Reduzimos por três pontos.

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