Joel Kaplan, diretor de assuntos globais da Meta, revelou que a empresa deixará de realizar checagens de fatos nos Estados Unidos a partir da tarde de segunda-feira (7). Em publicação feita no X (antigo Twitter), Kaplan explicou que esse mecanismo será gradualmente trocado por notas de comunidade.
“Anunciamos em janeiro que encerraríamos o programa e removeríamos as penalidades. No lugar das verificações de fatos, as primeiras notas da comunidade começarão a aparecer gradualmente no Facebook, Threads e Instagram, sem penalidades anexadas”, afirmou o executivo.
O comentário de Kaplan refere-se ao fim das punições que reduziam o alcance de postagens classificadas como falsas. Com o novo sistema, mesmo conteúdos enganosos não sofrerão mais sanções por parte da plataforma. O diretor argumentou que o modelo anterior, com verificações realizadas por agências terceirizadas, transformou-se em uma “ferramenta de censura”.
A decisão já havia sido comunicada no início do ano pelo CEO da empresa, Mark Zuckerberg, que afirmou: “Vamos voltar às nossas raízes e nos concentrar em reduzir erros, simplificar nossas políticas e restaurar a liberdade de expressão em nossas plataformas”.
A Meta vinha testando o novo formato desde 18 de março. Por enquanto, a alteração vale apenas para o território norte-americano, mas a companhia pretende futuramente aplicar o mesmo padrão em outras regiões.
No Brasil, a situação é diferente: empresas de tecnologia enfrentam normas mais rigorosas no combate à desinformação. O Supremo Tribunal Federal, por meio do ministro Alexandre de Moraes, chegou a determinar a suspensão do X, rede social de Elon Musk, após descumprimento de ordens judiciais relacionadas ao inquérito das fake news.
Nos Estados Unidos, a mudança recebeu apoio do presidente Donald Trump. O republicano afirmou que a decisão da Meta “provavelmente” teve relação com sua influência. Após as eleições de 2024, Zuckerberg estreitou laços com Trump e passou a adotar uma retórica semelhante à dele e à de Elon Musk. Segundo o governo norte-americano, as práticas de checagem e os bloqueios por desinformação estariam contrariando os princípios da liberdade de expressão ao restringirem a participação de determinados grupos nas redes sociais.
Zuckerberg, Musk e outros líderes do setor tecnológico compareceram à cerimônia de posse de Trump em 20 de janeiro, sinalizando uma reaproximação com o novo governo. E mais: Governadores afirmam: “unidos pela anistia” do ‘8 de Janeiro’. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução; Fonte: Poder360)