A Mercedes-Benz do Brasil determinou o afastamento do piloto Roberval Andrade da equipe ASG Motor Sport, após sua prisão nesta quarta-feira (26) durante uma operação da Polícia Federal que investiga crimes como corrupção e vazamento de informações sigilosas. A medida foi tomada com base nas diretrizes de compliance da montadora, que patrocina a equipe de Andrade na Copa Truck.
Em nota enviada ao jornal O Globo, a empresa declarou: “A Mercedes-Benz do Brasil, na condição de patrocinadora da equipe ASG Motor Sport, da Copa Truck, e de acordo com as suas regras de compliance, exigiu o afastamento do piloto Roberval Andrade até o final das investigações da Polícia Federal.”
A decisão foi anunciada após a ASG Motor Sport divulgar que, ao longo de sua trajetória na equipe, Andrade sempre demonstrou comportamento profissional. “O piloto, nas suas obrigações com a equipe até hoje, sempre teve uma conduta profissional”, afirmou o time em comunicado, ressaltando ainda que acredita “no princípio da inocência”.
A equipe também informou que o caso corre sob sigilo judicial e que aguardará os desdobramentos oficiais antes de adotar novas medidas.
“A ASG Motorsport permanece à disposição das autoridades para colaborar com o que for necessário ao regular andamento das investigações e, assim que novas informações forem disponibilizadas, ou obtidas por nós, divulgaremos um novo comunicado oficial”, completou a nota.
A ação da PF é um desdobramento do inquérito que apura a delação do corretor de imóveis Antonio Vinicius Gritzbach, assassinado em novembro do ano passado no Aeroporto de Guarulhos.
Roberval Andrade, bicampeão da Fórmula Truck (2002 e 2010) e vencedor da Copa Truck em 2018, é acusado de envolvimento em práticas de lavagem de dinheiro e corrupção. O mandado de prisão foi cumprido na manhã desta quarta-feira.
Além do piloto, a investigação também mira dois agentes da Polícia Civil de São Paulo. Um deles é Sérgio Ribeiro, investigador de 1ª Classe do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). O outro é Marcelo Marques de Souza, conhecido como “Bombom”, que já estava preso e é vinculado ao Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap).
De acordo com a apuração, o grupo atuava para beneficiar ilegalmente investigados em processos criminais, recebendo vantagens financeiras em troca.
Os crimes sob investigação incluem arquivamento indevido de inquéritos, repasse de informações protegidas por sigilo, uso de documentos falsificados e intermediação ilegal para restituição de bens apreendidos. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: O Globo)
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