A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, de centro-direita, deu uma forte declaração, nesse domingo (19), em suas redes sociais, sobre o papel limitado que o Estado deve ter em qualquer país, da Europa à América do Sul, da Oceania ao continente africano.
Ao justificar sua decisão de encerrar um pacote de incentivos fiscais para reformas de residências no país italiano, ela disse que “nada é de graça” quando o gasto depende do Estado. Ela se referia ao programa “Superbonus”, criado pelo antigo governo de Giuseppe Conte, em 2020, que oferecia reinstituição no imposto de renda para gastos com obras de eficiência energética e antissísmicas.
“O Superbonus custou 2 mil euros para cada italiano. Quando o Estado gasta, nada é de graça”, disse Meloni em um vídeo nas redes sociais. Segundo ela, a iniciativa teve um custo total de 105 bilhões de euros e fraudes que somaram “cerca de 9 bilhões de euros”. “Agora precisamos defender o orçamento público”, disse a primeira-ministra, apontando que o governo ficaria sem dinheiro no caso do programa ser mantido.
Em respostas às empresas do setor que afirmam que haverá fechamentos e demissões, Meloni disse que chamará todas para dialogar. “Vamos convocar todas as associações para perguntar como podemos ajudá-las e colocar tudo em um caminho sensato”
Visita à Polônia
“Queremos uma Europa que seja um gigante político e não um gigante burocrático”. É o que afirma a primeira-ministra Giorgia Meloni , em visita à Polônia, nesta segunda-feira (20), numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro polaco Mateusz Morawiecki.
“Percebemos como a União Europeia precisa hoje de medidas muito concretas para ajudar as suas empresas , que não podem favorecer alguém em detrimento de outrem e se alguns pedem a flexibilização das regras dos auxílios estatais, é bom que isso não produza uma distorção de mercado interno”, disse Meloni.
“Pedimos nas conclusões do Conselho Europeu que se discutisse a plena flexibilização dos fundos existentes e que as escolhas feitas fossem tidas em conta também no debate sobre o novo pacto de estabilidade e crescimento”, acrescentou.