Rede Marisa tem prejuízo líquido de R$ 149 milhões no 1º trimestre

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A rede Marisa encerrou o primeiro trimestre de 2023 com uma perda líquida de R$ 149 milhões, um resultado 64,2% maior em relação ao mesmo período de 2022.

Para o Mbank, braço financeiro da varejista, essa linha ficou negativa R$ 14,4 milhões, revertendo o resultado positivo do período de janeiro a março do ano passado, de R$ 17,9 milhões.

O aumento do prejuízo das lojas acontece mesmo com a companhia tendo aumentado sua receita líquida do varejo em 1,3%, para R$ 440,5 milhões.

“Tal crescimento foi dirigido por melhores vendas em lojas físicas, mesmo considerando o fechamento de 14 lojas nos últimos 12 meses anteriores a março, e por um preço médio 14,3% maior, saindo de de R$ 42,81 para R$ 48,93”, explica a Marisa no documento publicado na noite desta segunda-feira (15). “O volume de peças vendidas caiu 11,7%, de 12,9 milhões no primeiro trimestre de 2022 para 11,4 milhões na base de vendas mesmas lojas”.

No mês de abril, o Banco Central homologou o plano de reestruturação do Mbank e os acionistas controladores já viabilizaram, via subscrição de debêntures da Marisa Lojas, o aporte de R$ 90 milhões no capital da subsidiária MPagamentos, lembra a companhia.

De janeiro a março, a receita líquida do varejo da Marisa Lojas subiu 1,3%, para R$ 440,5 milhões. O avanço, segundo a empresa, foi conquistado pelas vendas nas lojas físicas e pelo aumento de ticket médio – SSS (vendas em mesmas lojas) cresceu 6,5% no trimestre, informou a Marisa no release que acompanha os resultados.

Pedidos de falência
Marisa também está passando por um momento difícil, enfrentando pelo menos 10 ações de despejo relacionadas à inadimplência em contratos de aluguel. Esses processos começaram a ser protocolados na Justiça em fevereiro deste ano, após a empresa admitir que não conseguiria honrar pagamentos no valor aproximado de R$ 600 milhões.

Em resposta à situação, a Marisa divulgou uma nota afirmando que já renegociou contratos com diversos fornecedores, incluindo proprietários de imóveis. A empresa destacou que a maior parte dessas renegociações já foi concluída e que buscará um acordo amigável com todos os seus parceiros.

A Marisa também enfrenta pedidos de falência requeridos por credores. Recentemente, três credores solicitaram a falência da empresa, cujas dívidas somam R$ 800 mil.


Fontes: Estadão; InfoMoney; O Estado de Minas
Foto: divulgação

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