O jornalista Marcos Uchôa atribuiu as demissões em massa na Globo à fiscalização do governo federal contra a “pejotização” na emissora logo no primeiro ano de mandato de Bolsonaro, em 2019. A revelação foi feita em entrevista ao canal Inteligência Ltda no Youtube.
“Eu não tinha mais contrato. Foi uma das coisas que o Bolsonaro fez… Antes, pessoas que tinham um salário melhor na Globo ganhavam como pessoa jurídica. No primeiro ano de governo, ele já foi em cima em termos trabalhistas, dizendo que isso não podia ser assim, e todo mundo passou a voltar a ser funcionário. Até o Galvão, até o Faustão”.
Ainda no podcast, Uchôa afirmou que a emissora passa também por uma crise financeira. “A Globo está sofrendo, como muitos meios de comunicação, com a saída do dinheiro das mídias tradicionais e a entrada do dinheiro na internet. Por exemplo, o teu programa é um adversário, um concorrente que não existia”.
Uchoa esteve na Globo por 34 anos. Segundo ele, sua saída da emissora, porém, não foi pelo mesmo motivo: “Eu era uma pessoa contratada como outra qualquer. Não tinha um período para vencer o contrato. Pedi demissão normalmente. Expliquei que queria sair. Não tenho nenhuma mágoa da Globo. É claro que houve momentos em que quis fazer coisas que não pude fazer, porque eles não deixaram, mas é a regra do jogo”.
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Marcos Uchôa explica porque artistas e jornalistas da Globo odeiam Bolsonaro. pic.twitter.com/sONIOlwQfs
— Patriotas (@PATRlOTAS) May 25, 2022