Manifestantes invadem prédio da Assembleia Legislativa do PR contra projeto de educação

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A sessão plenária desta segunda-feira (3), da Assembleia Legislativa do Paraná, será realizada de forma remota, às 17 horas. A decisão foi tomada pela Mesa Executiva após manifestantes invadirem o Poder Legislativo.

Minutos antes das 14h30, horário regimental da sessão, os manifestantes já estavam nas galerias quando a multidão forçou a entrada, rompendo o portão de acesso a carros da Assembleia e, em seguida, invadindo o Prédio do Plenário.

O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSD) anunciou às 15h06 a suspensão temporária da sessão plenária. “Informo aos senhores deputados, que em função da invasão da Assembleia, estou suspendendo a sessão temporariamente”, declarou em Plenário.

Logo em seguida, a Mesa Executiva se reuniu com os parlamentares e ficou decido em conjunto que a votação ocorrerá em sessões remotas e os deputados poderão participar das votações em suas residências. O sistema remoto já foi utilizado durante a pandemia e está previsto no Regimento Interno a Assembleia. Assista abaixo!

 

 

 

 

Após a sessão, se necessário, será realizada uma sessão extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), também online. O projeto de lei 345/2024, do Poder Executivo, cria o Programa Parceiro da Escola. A proposta trata da gestão administrativa e de infraestrutura das escolas mediante parceria com empresas.

No início da manhã, os servidores se concentraram na Praça Santos Andrade, no Centro, e depois caminharam até a Alep, onde o projeto seria avaliado em plenário pelos deputados estaduais. A tramitação ocorre em regime de urgência.

A caminhada entre a Praça Santos Andrade e a Alep, com direito a invasão do espaço, abriu o primeiro dia de greve da categoria, aprovada em 25 de março por tempo indeterminado.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) disse que as aulas estão em andamento em mais de 87% da rede estadual e recomenda aos pais e responsáveis enviarem “os filhos às escolas normalmente para que não haja prejuízo ao andamento regular do aprendizado”.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) alega que o projeto vai privatizar os colégios e interferir na gestão pedagógica, já que as empresas privadas trabalham por metas.

O Governo do Paraná nega, afirma que as mudanças só dizem respeito a parte administrativa e de infraestrutura, e diz que a gestão pedagógica será responsabilidade do diretor da rede estadual.

Nesta segunda, em coletiva, o governador Ratinho Junior (PSD) ressaltou que a greve é ilegal e, na avaliação dele, “teve baixíssima adesão”. Sobre o projeto tramitar em regime de urgência, o governador afirmou que a medida foi necessária porque o governo tem prazos a cumprir antes implantar o modelo em 2025, caso seja aprovado. (Foto: Valdir Amaral/Alep; Fonte: Alep; G1)

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