Após a participação na cúpula dos Brics realizada em Kazan, na Rússia, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que a letra “B” na sigla do grupo faz alusão a “Bolívar”, de Simon Bolivar. A afirmação veio em meio ao impasse diplomático, pois, oficialmente, a letra representa o Brasil. A oposição brasileira à inclusão da Venezuela gerou atritos, com reações entre os representantes de Caracas.
Jorge Rodríguez, presidente do Legislativo venezuelano e um dos principais mediadores entre a Venezuela e o Brasil, criticou duramente a postura brasileira. Na última sexta-feira (25), ele classificou a decisão do governo brasileiro de barrar a adesão venezuelana como “vergonhosa”, “grosseira” e “ofensiva”.
“É vergonhosa a posição que tiveram, os resquícios do bolsonarismo que encontramos no Palácio do Itamaraty na nossa irmã República do Brasil”, declarou Rodríguez. Segundo ele, a posição adotada pelo Brasil demonstra “submissão” e não condiz “nem com o clima, nem com o objetivo, nem com o princípio dessa reunião dos Brics.”
A chancelaria venezuelana já havia se manifestado oficialmente, emitindo uma nota em que qualificava a postura do Brasil como um “veto”. Embora sem mencionar diretamente o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e Luiz Inácio Lula da Silva, o comunicado direcionava suas críticas ao Itamaraty, atribuindo a posição contrária à inclusão venezuelana ao secretário de Ásia e Pacífico da pasta, Eduardo Saboia, que liderou as negociações brasileiras no encontro.
Com a presença de 35 países e representantes de seis organizações internacionais, o evento evidenciou a estratégia bolivariana. Durante seu discurso, Maduro destacou a importância da Venezuela nos Brics e agradeceu ao presidente russo, Vladimir Putin, pelo convite ao encontro.
“A Venezuela faz parte desta família dos Brics”, declarou Maduro, enfatizando que seu país poderia contribuir com uma “valorosa contribuição revolucionária” para o bloco.
Putin, no entanto, lembrou que qualquer nova adesão ao grupo deve passar por um processo de consenso entre os membros. “É impossível sem consenso”, pontuou o líder russo, ao responder em entrevista coletiva sobre o tema. E mais: Empresas e MEI têm até dia 31 para regularizar dívidas com ‘Simples’. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: CNN)
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