Lula pode rever decisão de não pagar dividendos extraordinários; Prates pressionado no cargo

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Integrantes da cúpula da Petrobras expressaram que Lula (PT) foi “induzido a erro” pelo Ministério de Minas e Energia, liderado por Alexandre Silveira, ao concordar com a retenção dos dividendos extraordinários da empresa, conforme reportagem da Folha de São Paulo.

Esse incidente, explica o jornal paulista, desencadeou uma nova crise na Petrobras, resultando em uma queda nas ações e aprofundando as divisões dentro do governo. A disputa principal envolve Jean Paul Prates e Silveira, com Fernando Haddad (Fazenda) apoiando o presidente da Petrobras e Rui Costa (Casa Civil) do outro lado.

Para resolver o impasse, Lula tem reunião hoje (11) com os quatro para ouvir seus argumentos e decidir se mantém a reserva de dividendos ou concorda com uma distribuição parcial.

De acordo com aliados de Lula, o governo avaliará se a distribuição de metade dos dividendos afetará os planos de investimento da estatal. O Ministério de Minas e Energia acredita que sim, enquanto a diretoria da Petrobras discorda.

Se convencido por Prates de que a distribuição não impactará os planos de investimento da Petrobras, Lula poderá reconsiderar a retenção dos dividendos extraordinários, o que daria um alívio ao presidente da empresa, que enfrenta muita pressão.

A diretoria financeira da Petrobras apresentará seus argumentos ao conselho administrativo, que votou pela retenção. Se convencidos, os membros do conselho poderiam rever seus votos, embora isso seja incomum e exigiria justificativa, podendo gerar desgaste.

Aliados de Lula argumentam que esse desgaste seria menor em comparação ao impacto no mercado; a empresa derreteu mais de R$ 50 bilhões na Bolsa só na sexta-feira passada.

Mas caso prevaleça a tese de que a distribuição dos dividendos afeta o plano de investimentos, explica a Folha, Lula manterá a reserva do dinheiro.

A crise atingiu um ponto em que aliados de Lula no Planalto sugerem que Prates ficou fragilizado e sua demissão não está descartada. Interlocutores da Petrobras alertaram também o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, sobre os riscos.

Na sexta-feira (8), o diretor financeiro da Petrobras, Sergio Caetano, afirmou em uma conferência com investidores que os dividendos retidos em 2023 não serão direcionados para investimentos, como era cogitado pelo mercado. Esses serão argumentos apresentados a Lula por Jean Paul Prates durante a reunião no Palácio do Planalto. E mais: Lula fará anúncios ao agro em todas as próximas visitas a Estados. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Folha de SP)

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