Após o Congresso Nacional revogar decretos do Executivo relacionados ao aumento do IOF, Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante evento nessa terça-feira (2).
Em meio às tensões entre o governo e o Legislativo, Lula disse que seu Ministro tem comprometimento com as contas públicas e que ambos sofrem as consequências de manterem uma postura ética.
“Poucos países do mundo têm um ministro da Fazenda com a seriedade que o Haddad tem. Este país teve poucos. Este país teve muito poucos. Eu via na televisão a quantidade de bravata que o Guedes fazia neste país. Por que ninguém cobrava estabilidade fiscal no governo passado? Por que ninguém cobrava o teto de gastos – que foi, possivelmente, o momento mais irresponsável deste país? A gente paga muito preço por ser honesto (…) e nós vamos pagar esse preço, Haddad, porque, quando eu deixar essa Presidência, eu quero andar de cabeça erguida”, afirmou o petista.
Durante o discurso, ele também responsabilizou o Congresso pela dificuldade em cortar privilégios de determinados setores. Segundo ele, a revogação do aumento do IOF foi influenciada por interesses de lobistas que atuam junto a parlamentares.
As falas de Lula ocorrem um dia após declarações do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que criticou o discurso do governo sobre justiça tributária, alegando que a narrativa usada pelo Planalto apenas reforça a divisão entre “nós contra eles”, frequentemente associada ao estilo político de Lula. (Foto: Palácio do Planalto; Fonte: Veja)

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