Lula nega ‘rombo fiscal’ em seu governo e diz que déficit aconteceu com Bolsonaro

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Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou, nesta quinta-feira (30.jan.2025), que tenha havido um rombo fiscal em sua gestão. Em entrevista no Palácio do Planalto, ele afirmou que a situação fiscal do país só não registrou superávit devido às despesas relacionadas ao Rio Grande do Sul.

“Não existiu rombo fiscal no meu governo, houve, sim, no governo passado. No nosso não houve. Aliás, se não fosse o Rio Grande do Sul, nós teríamos tido superávit pela primeira vez em muitas décadas”, declarou Lula, em uma coletiva de imprensa. A conversa foi vista já como uma mudança na comunicação do governo, agora sob gestão do novo Secom, o marqueteiro Sidônio Palmeira.



Ele também afirmou que não pretende anunciar cortes de gastos. “Meu compromisso é com a responsabilidade fiscal. Se houver necessidade de fazermos alguma coisa, nós [governo] nos reunimos. Mas se depender de mim, não haverá mais nenhuma medida fiscal”, ressaltou. Veja a seguir!

 

Preço dos alimentos
Sobre a alta dos preços dos alimentos, Lula descartou medidas extremas que possam resultar em mercados paralelos, como ocorreu no passado. “Eu não tomarei nenhuma medida daquelas que são bravatas. Eu não farei cota, eu não colocarei helicóptero para viajar fazenda e prender boi, como foi feito no tempo do Plano Cruzado”, afirmou.



Lula defendeu que a solução para a redução dos preços está no incentivo à produção e no apoio a pequenos e médios agricultores, responsáveis por mais de 70% dos alimentos consumidos no país. “Precisamos aumentar a produção e garantir mais financiamento e modernização para a agricultura familiar”, disse.

Lula afirmou que pretende se reunir com representantes do setor produtivo para discutir as razões da alta de preços. “Quando cheguei à presidência, o preço do óleo de soja tinha caído para R$ 4. Agora subiu para R$ 9 ou R$ 10. Qual a explicação para isso? Por que a carne, que caiu 30% em 2023, voltou a subir?”, questionou. Veja a seguir!

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Preço dos combustíveis
Lula também comentou o possível reajuste no preço do óleo diesel pela Petrobras, que avalia a necessidade de aumentar o valor devido à defasagem causada pelo câmbio. Ele enfatizou que a decisão cabe à estatal e não ao governo.

“Desde o meu primeiro mandato que eu aprendi que quem autoriza o aumento do petróleo e derivados de petróleo é a Petrobras, e não o presidente da República”, afirmou.

Ele lembrou que se reuniu recentemente com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, para discutir a situação dos combustíveis. Segundo Lula, mesmo que haja um reajuste, o preço do diesel continuará mais baixo do que no fim de 2022.

Questionado sobre um possível impacto da alta no setor de transportes e uma eventual reação dos caminhoneiros, o Lula disse que a solução será o diálogo. “Se tiver uma movimentação de caminhoneiros, vamos conversar com eles, como sempre fizemos. O governo está aberto para discutir com qualquer setor”, garantiu.

 



Taxa Selic
Lula também comentou a recente elevação da taxa básica de juros, que subiu de 12,25% para 13,25% ao ano. Ele afirmou que a decisão já estava prevista pela gestão anterior do Banco Central e demonstrou confiança no novo presidente da instituição, Gabriel Galípolo.

“Já estava praticamente demarcada a necessidade da subida de juros pelo outro presidente, e Galípolo fez aquilo que ele entendeu que deveria fazer”, disse Lula, indicando que espera uma redução da Selic no futuro. E mais: Governo anuncia concurso público para Polícia Federal. Clique AQUI para ver. (Foto: Palácio do Planalto; Fontes: G1; EBC; Poder360)

 



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