“Lula, não foi pra isso que elegemos você!”, reclama sindicato de educação

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As universidades e institutos federais de ensino superior (Ifes) seguem em greve. As entidades coordenadoras da paralisação disseram que não pretendem assinar o acordo anunciado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos na segunda-feira (20/5).

Na quarta-feira (22/5), o ministério encaminhou comunicado às entidades informando que estavam encerradas as negociações com os professores das universidades e institutos federais. Segundo o texto, o encontro marcado para a segunda-feira (27) tinha como objetivo a assinatura de um termo de acordo, “não restando, portanto, margem para recepção de novas contrapropostas”.

No domingo (26/5), porém, o SINASEFE realizou, de modo híbrido, sua 191ª Plenária Nacional. A categoria rejeitou as propostas do Governo Lula para docentes e para técnico-administrativos e não aceitou o que chamou de “ultimato” para 27/05, indicando a manutenção da paralisação para este ano, que acontece em mais de 560 unidades da Rede Federal de Educação.

A coordenadora-geral do Sinasefe, Artemis Matins, destacou que a expectativa dos trabalhadores é era que Luiz Inácio se ‘sensibilizasse’ e ajudasse a destravar as negociações. Segundo Artemis, isso demonstraria de fato que a defesa da educação feita pelo petista é efetiva.

Isso porque, em março, ao anunciar a construção de novos institutos federais, Lula disse que o investimento em educação fará com que o Brasil vire um país de primeiro mundo.

Assim, o SINASEFE elaborou uma contraproposta e levaram o documento na segunda-feira (27) para a reunião no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Acontece que, de forma definitiva, o governo Lula encerrou as negociações por aumento salarial à categoria ainda este ano; houve bate-boca nas dependências do local, e a categoria divulgou nota intitulada “Lula, não foi pra isso que elegemos você!”

Em vídeo compartilhado pelo sindicato, José Lopez Feijóo, o ‘Secretário de Gestão de Pessoas e Relação do Trabalho’ do MGI, aparecendo discutindo e dizendo “acabou” aos representantes do sindicato.

Segundo o SINAFESA, Feijoó deu um “golpe” nos “trabalhadores da Educação Federal”, ao ignorar uma contraproposta “factível” com o que o “Governo Federal pode pagar aos servidores”.

Ainda de acordo com a categoria, em nota em seu site, “essa prática de gritar “acabou” para não responder demandas sociais foi do (des) governo neofacista que derrotamos nas urnas. Fizemos o L em 2022 (sem arrependimentos) para derrotar esse comportamento, não para revivê-lo.”.

E a nota conclui dizendo: “Esperamos, sinceramente, que a postura do Governo Lula na Mesa que teremos no dia 03/06, para novamente conversar sobre a carreira docente, não seja a mesma de 27/05. Foi lamentável, deseducado e inaceitável o papelão a que se prestou José Lopez Feijóo. Não foi para isso que nós elegemos Lula em 2022.”. Assista abaixo!

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