Lula (PT) reinstalou, nesta terça-feira (28), o ‘Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea)’, desativado no início de 2019 pelo governo Bolsonaro. Segundo o governo, o colegiado é um órgão de “assessoramento da Presidência da República e um espaço institucional para a participação e o controle social na formulação, no monitoramento e na avaliação de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional e combate à fome”.
Lula (PT) discursou no evento e deu sua versão para explicar o problema da fome. Segundo ele, “”Se neste país nós produzimos alimentos demais e tem gente com fome, significa que tem gente comendo mais do que deveria comer”, disse o petista. Assista abaixo!
“Se neste país nós produzimos alimentos demais e tem gente com fome, significa que tem gente comendo mais do que deveria comer”, diz Lula. Declaração ocorreu durante assinatura do decreto que retoma o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). pic.twitter.com/6999GvVH4E
— Gazeta Brasil (@SigaGazetaBR) February 28, 2023
Lula também assinou o decreto que atualiza o funcionamento do Consea e da Câmara Interministerial de Segurança Alimental e Nutricional (Caisan), que será composta por 24 ministérios. Na nova configuração do governo federal, o Consea integrará a estrutura da Secretaria-Geral da Presidência.
Lula anunciou que pediu ao Ministério do Desenvolvimento Agrário a discussão de programas para incrementar a produção de alimentos e da volta da política de preço mínimo para evitar prejuízos aos trabalhadores do campo.
Também foram reempossados hoje, para mandato de 2 anos, os conselheiros e a presidente do Consea, a nutricionista e pesquisadora Elisabetta Recine, que compunham o colegiado quando foi desativado, em janeiro de 2019.
A presidente do Consea, Elisabetta Recine, defendeu que é preciso “articular políticas de combate à fome, à pobreza, à obesidade e à crise climática, aumentar a renda e gerar emprego para a população, valorizando o salário mínimo e garantir terra e território para um desenvolvimento humano mais justo e igualitário no país”.
“O Consea é guardião da comida de verdade. Estamos comprometidos com o fim da fome no país. Aprendemos com o que conquistamos e com o que perdemos nesses anos. A erradicação da fome e garantia da alimentação saudável requer o enfrentamento das desigualdades de gênero e de raça, a produção de comida de verdade, produzida pela agricultura familiar, por povos indígenas, por quilombolas, por povos e comunidades tradicionais, que têm a base agroecológica e respeita a cultura alimentar e a natureza”, defendeu a pesquisadora.
Criado em 1993 pelo então presidente Itamar Franco, o Consea foi revogado dois anos depois e substituído pelo programa Comunidade Solidária, na gestão de Fernando Henrique Cardoso. Em 2003, Lula restabeleceu o Consea, que acabou sendo desativado no início do governo de Jair Bolsonaro.
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