O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concluiu nesta terça-feira (17) sua participação na cúpula do G7, realizada em Kananaskis, no Canadá, sem ter se encontrado individualmente com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. De acordo com a assessoria do governo brasileiro, o encontro foi cancelado em razão do atraso na programação oficial do evento.
Além da conversa com Zelensky, uma reunião prevista com o chanceler alemão Friedrich Merz também foi suspensa. Auxiliares do presidente explicaram que os atrasos comprometeram a agenda de compromissos, uma vez que os chefes de Estado e governo tinham horários já determinados para deixar o local.
Apesar da ausência de uma reunião reservada, Lula e Zelensky estiveram presentes juntos na foto oficial da cúpula. Ambos participaram do G7 como convidados, ao lado de outros líderes mundiais, incluindo os representantes dos países-membros: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão.
Durante a programação, Lula manteve encontros com o primeiro-ministro canadense, Marc Carney, e com o presidente sul-coreano, Lee Jae-myung. Também houve conversas informais com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, com o líder sul-africano Cyril Ramaphosa e com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
O pedido de reunião partiu de Zelensky, que tem reiterado o convite para que Lula visite Kiev, especialmente após o líder brasileiro ter comparecido recentemente a um evento ao lado do presidente russo, Vladimir Putin. O relacionamento entre os dois presidentes tem sido marcado por trocas de críticas públicas.
Lula defende uma saída negociada para o conflito e já afirmou que, se fosse “esperto”, Zelensky buscaria uma solução pacífica. Por outro lado, o ucraniano chegou a dizer que Lula não é mais um “player” influente nas discussões de paz, criticando o que considera uma inclinação pró-Rússia por parte do Brasil.
Mesmo sem o encontro com Zelensky, Lula voltou a abordar o conflito durante o G7. Em sua fala, reiterou que a via militar não trará resultados concretos e insistiu na necessidade de colocar russos e ucranianos à mesa de negociações. (Foto: EBC; Fonte: G1)
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