Urgente: Lula demite presidente da Petrobras

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Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu, na noite desta terça-feira (14), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. A exclusividade da informação foi dada pela colunista do jornal O Globo, Malu Gaspar.

Prates se despediu de seus diretores nesta tarde e comunicou à sua equipe que Magda Chambriard será a nova presidente da Petrobras. Chambriard foi diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) durante o governo Dilma Rousseff.

Segundo a reportagem da colunista, a nomeação de Magda para a estatal representa uma vitória da ‘linha intervencionista’ do governo Lula sobre a empresa, especialmente no momento em que o próprio petista pressiona a Petrobras a licitar e acelerar obras polêmicas, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Malu Gaspar também informa que a nova CEO foi apadrinhada por lideranças do PT da Bahia, como o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o líder do governo no Senado Federal, Jaques Wagner.

O CEO da Petrobras enfrentou nos últimos meses uma intensa fritura interna no governo, acumulando disputas com Costa e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que almejavam ampliar o poder sobre a estatal.

O desgaste se agravou após Silveira conceder uma entrevista à Folha de S. Paulo admitindo o conflito com Prates e dizendo que não abriria mão de sua autoridade como ministro sobre a companhia.

A situação piorou quando Prates declarou à colunista da Folha Monica Bergamo que havia pedido uma reunião “definitiva” para tratar sobre sua fritura no cargo. Esse movimento foi encarado no Planalto como uma tentativa do CEO da Petrobras de pressionar Lula, o que desagradou o presidente.

Em abril, Lula convidou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, para assumir o comando da petroleira. No entanto, o apoio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pesou a favor da permanência de Prates.

A fritura de Prates ocorreu em meio ao impasse sobre a distribuição dos dividendos extraordinários da Petrobras. Prates defendia a proposta de distribuir aos acionistas 50% dos recursos remanescentes no caixa após o pagamento dos dividendos regulares, totalizando R$ 43,9 bilhões. Já o grupo de Alexandre Silveira defendia manter todo esse dinheiro em um fundo de reserva para melhorar as condições da empresa para obter empréstimos para investimentos.

Lula arbitrou a disputa e determinou que os seis conselheiros indicados pela União votassem contra o pagamento. Prates negou publicamente que houvesse uma ordem do presidente nesse sentido, mas foi desmentido por Lula no mesmo dia. Após duas reuniões lideradas por Lula, o presidente decidiu a favor da proposta de Silveira, o que irritou Jean Paul Prates. (Foto: Palácio do Planalto; Fonte: O Globo)

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