Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta segunda-feira (5) a mudança no comando do Ministério das Mulheres, oficializando a saída de Cida Gonçalves e a nomeação de Márcia Lopes para o cargo. Ambas foram recebidas por Lula no Palácio do Planalto no início da tarde, selando a transição que vinha sendo especulada há meses.
A decisão foi divulgada por meio de nota da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), e as duas ministras devem conceder uma coletiva ainda nesta tarde.
Cida, por sua vez, convocou os servidores da pasta para um encontro de despedida, onde deve agradecer pelo período à frente do ministério e receber uma homenagem de sua equipe. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também estará presente na reunião.
A permanência de Cida vinha sendo questionada desde o final do ano passado, sobretudo após denúncias de assédio moral — posteriormente arquivadas pela Comissão de Ética da Presidência (CEP) em fevereiro.
Mesmo sendo uma pasta com orçamento reduzido e menor interesse por parte do centrão, o Ministério das Mulheres possui peso simbólico para o governo, além de ter relevância política para Janja da Silva, que mantinha relação próxima com Cida, agora demitida.
Márcia Lopes, a nova ministra, é militante petista desde 1982; ela já ocupou a chefia do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em 2010, no segundo mandato de Lula. Paranaense, é formada em serviço social pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), com especialização na área de infância e adolescência pela PUC-SP. Também atuou como vereadora em Londrina entre 2001 e 2004.
Com a nomeação de Lopes, Lula promove a 12ª mudança em sua equipe ministerial desde o início do atual mandato. A mais recente havia sido na última sexta-feira, com a saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social.
Após o escândalo das irregularidades em descontos de benefícios do INSS, Lupi deixou a pasta, que agora está sob comando de Wolney Queiroz, seu ex-adjunto e também filiado ao PDT.
Embora Lula tenha cogitado uma ‘reforma ministerial’ mais ampla no início do ano, visando consolidar apoio do centrão para 2026, até agora as mudanças têm sido pontuais e concentradas entre nomes ligados ao PT.
Casos como o de Juscelino Filho (União Brasil), que deixou o Ministério das Comunicações após denúncia da PGR por desvio de emendas parlamentares, também contribuíram para alterações no primeiro escalão do governo. E mais: Líder do PL reage nas redes a Lady Gaga ‘patriota’. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: UOL)
