Alemanha libera € 35 milhões para Fundo Amazônia, e Lula se prepara para demarcar 13 terras indígenas este mês

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Em viagem ao Brasil, o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, visitou o estado do Amazonas nesta segunda-feira (2). Em Manaus, encontrou-se com o governador Wilson Lima, reempossado ontem (1º), com quem falou sobre a Amazônia. Steinmeier veio ao Brasil para a posse de Lula, ocorrida ontem (1°). “É importante para todos nós que preservemos os pulmões verdes da terra, as florestas tropicais da Amazônia”, disse Steinmeier após a posse do petista.

No encontro com Wilson Lima, o mandatário alemão falou sobre as pretensões de seu país em retomar os investimentos na região através do Fundo Amazônia. Segundo o presidente alemão, os investimentos previstos são da ordem de € 35 milhões.

O Fundo Amazônia tem objetivo de financiar projetos de redução do desmatamento e fiscalização do bioma. O mecanismo de financiamento havia sido desativado no governo do presidente Jair Bolsonaro e foi reativado agora, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Criado em 2008, o fundo recebe doações de instituições e governos internacionais para financiar ações de prevenção e combate ao desmatamento na Amazônia Legal. Em 2019, a Alemanha e a Noruega suspenderam os repasses para novos projetos após o governo brasileiro apresentar sugestões de mudança na aplicação dos recursos e extinguir colegiados de gestão do fundo.

Demarcações
Já para o mês de Janeiro, Lula deve anunciar a demarcação de 13 novas terras indígenas, segundo reportagem do jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.

Todas estão com toda a documentação para homologação pronta. As áreas ficam nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul. A ministra Sonia Guajajara, dos ‘Povos Indígenas’, pedirá esta semana uma audiência a Lula para tratar do tema. No total, são mais de 1,5 milhão de hectares de novas terras indígenas.

São elas: No Nordeste, serão Aldeia Velha (pataxós), Porto Seguro (BA), com 1.997 hectares; Kariri-Xocó, em São Brás, Porto Real do Colégio (AL), 4.694 hectares; Potiguara de Monte-Mor (indígenas potiguaras), em Marcação, Rio Tinto (PB), com 7.530 hectares; Xukuru-Kariri, em Palmeira dos Índios (AL), com 7.020 hectares, e Tremembé da Barra do Mundaú (indígenas tremembés), em Itapipoca (CE), com 3.511 hectares.

No Sul, são Morro dos Cavalos (indígenas guaranis), em Palhoça (SC), com 1.983 hectares; Rio dos Índios (kaingang), em Vicente Dutra (RS), com 711.701 hectares, e Toldo Imbu (kaingang), em Abelardo Luz (SC), com 1.960 hectares.

No Centro-Oeste: Cacique Fontoura (karajá), em Luciara, São Félix do Araguaia (MT), com 32.304 hectares, e no Norte: Arara do Rio Amônia (indígenas araras), em Marechal Thaumaturgo (AC), com 20.534 hectares; Rio Gregório (indígenas katukinas), em Tarauacá (AC), com 187.120 hectares; Uneiuxi (indígenas makus e tukanos), em Santa Isabel do Rio Negro (AM), com 551.983 hectares, e Acapuri de Cima (indígenas kokamas), em Fonte Boa (AM), com 18.393 hectares.

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Fonte: Agência Brasil; Metrópoles
Foto: Ricardo Stucker

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