Lula diz que ‘quem pratica assédio’ não fica no governo e decide hoje sobre Ministro

direitaonline



Em entrevista concedida à Rádio Difusora Goiana nesta sexta-feira (6), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que se reunirá com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, ainda nesta tarde para discutir as acusações de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. As denúncias foram divulgadas pela coluna de Guilherme Amado, no portal Metrópoles.

Lula afirmou que “alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”, mas ressaltou ser encessário o direito de defesa e a presunção de inocência. “É preciso que a gente permita o direito à defesa, a presunção de inocência, de ter direito de se defender. Vamos colocar a Polícia Federal, o Ministério Público e a Comissão de Ética para investigar”, declarou o presidente. Uma das supostas vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

O presidente está em Goiânia para participar da inauguração do BRT norte-sul e anunciar novos investimentos para os Institutos Federais de Goiás. Segundo Lula, a decisão sobre a permanência de Silvio Almeida no governo será tomada ainda hoje.

“Estou em uma briga danada contra a violência contra as mulheres. Meu governo prioriza fazer com que as mulheres tenham um papel importante na política nacional. Então, eu não posso permitir que haja assédio. Vamos apurar corretamente, mas acredito que não é possível manter [o ministro] no governo, porque o governo não pode sustentar seu discurso com alguém que seja acusado de assédio”, reforçou Lula.

Ele também disse que não permitirá que a conduta de um indivíduo ‘prejudique o progresso’ do país. “Eu vou decidir hoje à tarde. Primeiro, conversarei com meus três ministros, com as duas ministras mulheres que fazem parte do governo, e depois terei uma conversa tanto com Silvio quanto com Anielle para tomar uma decisão. O governo precisa de paz e tranquilidade. […] Não vou permitir que o erro pessoal ou o equívoco de alguém prejudique o governo. Queremos paz e tranquilidade, e assédio não pode coexistir com a democracia”, concluiu Lula. Assista abaixo!

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Ministério da Justiça assina portaria para demarcação de mais três terras indígenas

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, assinou nesta semana portarias de demarcação de mais três terras indígenas no Brasil, durante encontro com representantes dos territórios Maró e Cobra Grande, no Pará, e Apiaká do Pontal e Isolados, em Mato Grosso. Juntos, os territórios abrigam 1.250 indígenas de […]