Lula critica mercado financeiro e Congresso por situação fiscal: “vivem de subsídios”

direitaonline



Durante uma entrevista ao programa “PODK Liberados” da Rede TV!, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a responsabilizar o mercado financeiro e o setor produtivo pela situação de desequilíbrio fiscal do país. Ele também comentou que o Congresso deveria reduzir o volume de emendas ao orçamento, que são propostas por deputados e senadores, para ajudar no ajuste das contas públicas.

No entanto, Lula não mencionou a possibilidade de cortar despesas do governo, mesmo com o déficit fiscal alcançando níveis semelhantes aos observados durante a pandemia de coronavírus, ainda que atualmente não exista uma crise sanitária.



A conversa foi marcada por um tom amigável, sem questionamentos mais incisivos ao presidente, segundo trechos divulgados pelo portal UOL. Desde 2023, a linha editorial da Rede TV! tornou-se mais alinhada ao governo petista, após ter mantido uma postura próxima ao governo de Jair Bolsonaro (PL) anteriormente.

Na entrevista, que será exibida na íntegra no domingo (10 de novembro), às 22h30, Lula comentou sobre a responsabilidade de ajuste fiscal, questionando se o Congresso estaria disposto a colaborar com a redução de gastos.



“Nós não podemos mais jogar, toda vez que você tem que cortar alguma coisa, em cima do ombro das pessoas mais necessitadas. Se eu fizer o corte de gastos para diminuir a capacidade de investimentos do Orçamento, o Congresso vai aceitar as emendas de deputados e senadores para contribuir com o ajuste fiscal que eu vou fazer?”, afirmou o presidente, enfatizando que as despesas com emendas parlamentares deveriam ser revistas para evitar prejudicar as áreas essenciais. Assista abaixo!

Relação com Trump
Na mesma entrevista, Lula falou sobre como espera que seja sua relação com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Crítico ao norte-americano, Lula afirmou não conhecê-lo pessoalmente, mas esperar uma relação “que trabalhe pela paz”.



“Eu não vou pensar o que pode acontecer de pior com a eleição de um presidente de um outro país. Eu conheço o Trump de ouvir dizer, de ler matéria dele, de vê-lo na televisão”, disse, em entrevista entrevista gravada nesta manhã para a RedeTV!. “Eu espero que a relação com o Brasil seja uma relação civilizada”, afirmou o presidente. “Quando a gente tiver assunto para conversar, se conversa por telefone, se marca. Eu espero que seja essa relação.” Veja abaixo!

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Folha de SP diz que vitória de Trump "eleva incertezas globais"

No editorial desta quinta-feira (7), o jornal Folha de S.Paulo abordou a reeleição de Donald Trump, 78, à presidência dos Estados Unidos, descrevendo-a como um marco para o populismo conservador no século 21. Segundo o jornal, a vitória é um “feito maiúsculo” e reflete a insatisfação dos eleitores com o […]