Lula reclama de cobranças sobre déficit fiscal e cita Paulo Guedes

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a postura do mercado e da imprensa em relação ao debate sobre o déficit fiscal. Em discurso nessa quarta-feira (25), durante o anúncio de novas regras para a mistura de biocombustíveis, Lula disse que as críticas atuais sobre as contas públicas não foram feitas ao governo anterior, comandado por Jair Bolsonaro (PL), e questionou a ausência de reação na época.

“Todo dia se fala de déficit fiscal. Agora mesmo, agora mesmo. Todo dia se fala de déficit fiscal, déficit fiscal. Olha, quem é que se preocupou com déficit fiscal no governo passado?”, indagou o presidente. Em seguida, provocou: “Qual é o empresário que foi pra imprensa dizer que o Guedes estava desrespeitando o déficit fiscal? Muitas vezes o que falta é déficit de compreensão e de acreditar nesse país.”

Durante o evento, o petista também anunciou que, a partir de 1º de agosto, haverá aumento na proporção de biocombustíveis nos combustíveis fósseis vendidos no Brasil. A gasolina passará a ter 30% de etanol anidro (hoje são 27%), e o diesel contará com 15% de biodiesel (atualmente são 14%). Segundo estimativa do Ministério de Minas e Energia, o aumento da mistura pode reduzir o preço da gasolina em até R$ 0,11 por litro.

Em defesa de sua política fiscal, Lula afirmou que responsabilidade fiscal vai além de tecnicismos e dados macroeconômicos. “Eu não preciso de nenhum técnico do FMI pra dizer pra mim o que é responsabilidade fiscal. Eu tenho muita responsabilidade porque eu não morri de fome antes dos 5 anos de idade na terra que eu nasci”, declarou.

A fala de Lula ocorre na mesma semana em que a Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado, divulgou projeções preocupantes sobre as finanças do país. O órgão estimou que a Dívida Bruta do Governo Geral pode alcançar 124,9% do PIB até 2035, o que colocaria em xeque a sustentabilidade fiscal do Brasil a médio e longo prazos.

O presidente também mencionou ações adotadas desde o início de seu governo, como a PEC da Transição, o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária, como sinais de compromisso com o equilíbrio das contas. Ao abordar a instabilidade política e a alternância de diretrizes entre governos, desabafou: “Esse país nunca se deu uma chance. Nunca.”

Encerrando o discurso com tom otimista, Lula afirmou que o Brasil tem potencial para se desenvolver e sair da condição de país periférico. “Esse país merece uma chance. Nós cansamos de ser um país em desenvolvimento. Nós cansamos de ser um país complexo, de vira-lata, de que a gente não pode nada.” (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Veja)

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