A Petrobras divulgou seus resultados financeiros, nessa quinta-feira (3), referentes ao 2º trimestre de 2023, registrando um lucro líquido de R$ 28,78 bilhões.
Esse valor representa uma queda de 24,6% em relação ao trimestre anterior, quando o lucro foi de R$ 38,1 bilhões. Comparando com o mesmo período de 2022, em que a empresa alcançou um lucro de R$ 54,3 bilhões, o montante atual é 47% inferior.
Considerando o acumulado do 1º semestre, a Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 66,93 bilhões, o que representa uma redução de 32,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, em que o lucro foi de R$ 98,89 bilhões.
É importante ressaltar que esse é o primeiro resultado financeiro divulgado pela Petrobras após a mudança na política de preços dos combustíveis, que foi anunciada em maio.
Nessa nova abordagem, a estatal deixou de se orientar exclusivamente pelo PPI (Preço de Paridade de Importação), que levava em consideração as cotações do barril de petróleo e a flutuação do dólar. Essa alteração pode ter tido impacto nos resultados financeiros da empresa.
A receita de vendas da companhia no 2º trimestre alcançou R$ 113,84 bilhões, representando uma queda de 18,1% em relação ao 1º trimestre de 2023. Em comparação com o 2º trimestre de 2022, a queda foi ainda mais significativa, atingindo 33,4%.
Essa redução nas vendas está diretamente relacionada às mudanças nos preços dos combustíveis. A receita com derivados no mercado interno também apresentou queda de 13,2% no 2º trimestre em comparação com o trimestre anterior, indo de R$ 84,07 bilhões para R$ 72,98 bilhões.
O balanço da estatal justifica esse desempenho como resultado direto da redução média de 17% nos preços de derivados.
A diminuição das receitas de gás natural se deveu principalmente aos menores preços, resultado de reajustes contratuais com as distribuidoras que entraram em vigor a partir de maio de 2023.
No 2º trimestre, as despesas operacionais da estatal cresceram 17% em relação ao trimestre anterior, refletindo principalmente os maiores gastos decorrentes da desvalorização dos ativos, o aumento do escopo do 2º Trem da Rnest (Refinaria Abreu e Lima) e as maiores despesas tributárias, devido ao imposto sobre a exportação de petróleo que vigorou por 4 meses a partir de março de 2023.