Luciano Hang é declarado inelegível por 8 anos

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O empresário Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan, foi considerado inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob a acusação de ter cometido abuso de poder político e econômico durante as eleições municipais de 2020 em Santa Rosa (RS).

De acordo com o ministro Ramos Tavares, relator do caso, Hang usou meios empresariais para interferir no processo eleitoral.

“Luciano Hang utilizou a estrutura (avião) e as lojas Havan (mediante promessa de instalação) para influenciar as eleições locais mediante adoção de estratégia visando destituir a credibilidade das candidaturas de partidos de esquerda — no caso, o candidato do PT e integrante da coligação autora — e, concomitantemente, enaltecer as candidaturas dos outros Investigados”, afirmou o ministro.

Segundo o TSE, o então prefeito da cidade, Alcides Vicini, teria convidado o empresário a participar de evento local, o que foi interpretado como uma manobra política.

Para Ramos Tavares, “Luciano Hang teve papel central na conduta investigada, seja como figura pública, seja a partir dos recursos transviados da pessoa jurídica da qual é proprietário, de modo que lhe cabe a sanção de inelegibilidade para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos subsequentes ao pleito de 2020”.

Em nota, o advogado Guilherme Barcelos, que representa Anderson Mantei, outro envolvido no processo, afirmou que não houve qualquer irregularidade. “É isso que a defesa procurará demonstrar a partir de agora, começando pelos embargos de declaração já opostos. Quanto ao mais, a defesa falará nos autos.”

Hang também reagiu à decisão, afirmando que discorda da condenação. “Discordo totalmente da condenação e reafirmo que não existe nenhuma lei que proíba empresários de apoiarem candidatos ou expressarem suas opiniões políticas. O empreendedor brasileiro pode e deve participar do processo político sem ser perseguido ou atacado”, declarou.

Ele também acusou perseguição política: “A ação foi movida por partidos de esquerda, que alegaram que o vídeo, no qual eu apareço ao lado do então prefeito e candidato na época, teria influenciado de forma indevida o resultado da eleição no município. O ministro desconsiderou todas as decisões anteriores sobre o caso, que haviam reconhecido o meu direito de se manifestar politicamente, dentro das garantias constitucionais da liberdade de expressão.”. E mais: Vereadores de Belém (PA) vão se enfrentar em luta de boxe. Clique AQUI para ver. (Foto: Ag. Senado; Fonte: CNN)

 

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