Líder do governo Lula não quer CPI do INSS: ‘factoide’

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Durante viagem à China, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), declarou nesta segunda-feira (12.mai.2025) ao portal Poder360 que o Executivo atuará para evitar que a operação Sem Desconto — que apura fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) — seja explorada como instrumento de ‘disputa política’ pela oposição.

O parlamentar classificou como “factoide” a proposta de instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o tema neste momento. Segundo ele, o governo está concentrado em acompanhar o andamento das investigações conduzidas pela Polícia Federal: “doa a quem doer”.

Embora reconheça que há número suficiente de assinaturas para a abertura da CPI, Guimarães acredita que a própria oposição não deve levar a ideia adiante. “Eles não querem repetir o tiro no pé que foi a CPI do 8 de Janeiro”, afirmou. Para ele, “não tem objeto para instaurar uma CPI agora”.

A mesma avaliação é feita por Rui Cordeiro (Podemos-PB), presidente da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara. De acordo com o deputado, os desdobramentos políticos da operação devem ser discutidos no âmbito da comissão, mas o momento exige cautela e respeito ao trabalho da PF.

Guimarães integra a comitiva oficial que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Pequim e antecipou que os chineses deverão anunciar aportes na casa dos R$ 40 bilhões em investimentos no Brasil.

Deputados de oposição protocolaram, na quarta-feira (30/4), o requerimento de criação da comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar os sindicatos envolvidos na fraude do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com desvio de R$ 6,3 bilhões por meio de descontos não autorizados dos beneficiários, entre 2019 e 2024.

O caso é investigado pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) como crimes de corrupção (ativa e passiva), violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de dinheiro, envolvendo 11 entidades e associações.

Para o autor do pedido da CPI, deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), a investigação não pode acontecer com Carlos Lupi continuando à frente do Ministério da Previdência Social. “Não dá para uma CPI investigar casos, muito deles políticos, com ministro fazendo seus acordos contra as investigações”, afirmou.

O requerimento de criação da CPI (RCP 2/25) foi entregue com 185 assinaturas de deputados de 14 partidos (desde Solidariedade e Cidadania até PL e Novo).

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), informou que o mínimo que o governo deve fazer é afastar o ministro para que as investigações prossigam. “Não é possível que não se tenha uma decisão enérgica do governo. É prova que é um governo analógico, lento”, declarou.

Atualmente, existem 13 pedidos de CPI para serem analisados já com assinaturas suficientes. O Regimento Interno da Câmara dos Deputados estabelece que só podem funcionar cinco CPIs simultaneamente. No momento, não há nenhuma em funcionamento.

Sóstenes Cavalcante disse que a oposição também tem coletado assinaturas para criar uma comissão parlamentar mista, o que evitaria essa fila de pedidos de CPIs na Câmara. E mais: Moraes concede prisão humanitária domiciliar a Roberto Jefferson. Clique AQUI para ver. (Foto: Ag. Câmara; Fontes: Poder360; Ag. Câmara)

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