O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, revelou nesta sexta-feira (11) que o presidente do PSD, Gilberto Kassab, foi o primeiro a cumprimentar a sigla pela conquista das 257 assinaturas necessárias para pedir urgência na tramitação do projeto de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro.
“Foi o primeiro presidente que, assim que alcançamos as assinaturas, me ligou para festejar que nós pudéssemos ter alcançado a importante marca de 257 assinaturas”, disse à Folha de SP.
Sóstenes também destacou o empenho de Pedro Lucas (União Brasil), cotado para assumir o Ministério das Comunicações. “Temos como grande aliado nessa luta o presidente Rueda, do partido União Brasil, bem como o seu líder na Câmara dos Deputados, que fez um brilhante trabalho conosco. É o segundo partido que mais deu assinaturas”, afirmou.
Apesar de ter sido indicado pela ministra Gleisi Hoffmann, Pedro Lucas disse que ainda vai ouvir sua bancada antes de confirmar se aceitará o cargo.
Além disso, o parlamentar agradeceu o apoio de líderes e presidentes do PP, PSDB e Novo. Em relação ao MDB, reconheceu que o partido não atrapalhou a coleta de assinaturas. Sóstenes ainda mencionou que até deputados de partidos de centro e esquerda, ligados à base governista, assinaram o pedido — embora não tenha citado nomes. Segundo ele, houve um erro no sistema da Câmara que deixou os nomes dos apoiadores visíveis, o que resultou em pressões por parte do governo.
“Nós tivemos quatro colegas com esse problema. Um deles, depois da minha conversa, ele voltou a assinar. Mas perdemos três assinaturas porque, por um erro do sistema da Câmara, essa lista, que deveria só sob meu visual, estava disponível por um erro de TI”, declarou.
Com o número de assinaturas alcançado, o PL intensifica a cobrança para que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), coloque o tema em votação no plenário. Sóstenes não escondeu a cobrança:
“Ele não pode esticar a corda o tempo todo com relação ao PL por ser o maior partido da Casa. Já está tendo uma indisposição com a esquerda por conta da cassação do deputado Glauber [Braga]. Se ele se indispõe com a esquerda e o maior partido da direita, daqui a pouco, se continuar esticando essa corda por muito tempo, e eu tenho certeza que não o fará, ele vai ficar inviabilizado para condução da Casa”.
O líder do PL não antecipou qual versão do projeto será votada, afirmando que a definição depende do relator e das articulações. “Esse é o debate do Parlamento, o debate da democracia. O texto será debatido e ajustado no plenário. Tudo pode ser feito ao longo desse debate. Não queremos impor nada. O Poder Legislativo vai corrigir os exageros do Poder Judiciário nesse julgamento”, explicou.
No Senado, o líder do PL, Carlos Portinho, defendeu que a anistia seja ampla, e sugeriu que também contemple ações de ministros do STF.
“Se tivermos uma anistia ampla geral e irrestrita, ela estará beneficiando, inclusive, para colocarmos uma pá de cal, para que a gente não continue discutindo, por exemplo, a participação dos ministros do STF nesses excessos que ele estão cometendo contra a Constituição”, afirmou. E mais: Lembra dela? Ana Paula Arósio dá rara entrevista e diz que pode voltar à TV. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Folha de SP)