Licença compensatória para juízes já é adotada em 19 estados

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Ao menos 19 tribunais de Justiça no Brasil já aderiram à resolução do ‘Conselho Nacional de Justiça’ (CNJ) que permite aos magistrados a chamada “licença compensatória”, concedendo-lhes uma folga a cada três dias trabalhados. A informação é do portal ‘Congresso em Foco’.

A medida foi instituída pela Resolução 528, de 20 de outubro de 2023, assinada pelo presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso. A iniciativa visa equiparar direitos dos magistrados aos do Ministério Público.



O benefício limita-se a dez licenças mensais, o que pode resultar em até 120 dias de folga por ano, além dos 60 dias de férias já previstos para os juízes. Aqueles que não optarem pelas folgas podem convertê-las em indenização, sem incidência do Imposto de Renda ou do teto salarial do funcionalismo público, que corresponde ao salário de um ministro do STF, atualmente fixado em R$ 44.008,52.



Embora não haja um cálculo exato sobre o impacto financeiro, a ONG Transparência Brasil estima que a licença compensatória já custou ao menos R$ 284 milhões até maio de 2023. Esse valor, contudo, pode ser subestimado devido a diferentes métodos de registro nos contracheques dos magistrados, conforme a reportagem do ‘Congresso em Foco’.

Segundo o veículo, o benefício já está em vigor no Distrito Federal e em outros 18 estados, incluindo Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e Tocantins.



A origem do benefício remonta a 2020, quando o CNJ estendeu uma “gratificação por exercício cumulativo” para a Justiça Estadual. Esse tipo de gratificação havia sido estabelecido em 2015 para a Justiça Federal e correspondia a um terço do salário de magistrados que assumissem funções adicionais por 30 dias.



Em 2023, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) alterou a regulamentação do benefício, influenciando o novo formato de licença compensatória para juízes, com base na Resolução 133 do CNJ, que garante simetria entre os direitos da Magistratura e do Ministério Público. E mais: Ajuste fiscal: Governo Lula avalia novo pente-fino no Bolsa Família. Clique AQUI para ver. (Foto: CNJ; Fonte: Congresso em Foco)

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