A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (7) mais uma etapa da Operação Lesa Pátria, que tem como objetivo, identificar “pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram” os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília.
Nesta quinta fase, estão sendo cumpridos, no Distrito Federal, três mandados de prisão temporária, um mandado de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Até ontem (6), a PF cumpriu 16 mandados de prisão preventiva; e 31 mandados de busca e apreensão. Entre os presos de hoje está o coronel da Polícia Militar do DF Jorge Eduardo Naime Barreto, responsável pelo Departamento Operacional da PM, setor que planejou a segurança da Esplanada dos Ministérios no dia da invasão.
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, diz PF.
Mais bloqueios
A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Justiça Federal do Distrito Federal que o bloqueio cautelar de bens de presos pelos atos de 8 de janeiro passe de R$ 18,5 milhões para R$ 20,7 milhões.
De acordo com a AGU, o aumento é decorrente da elevação da ‘estimativa de danos’ feita pela Câmara dos Deputados, que teve elevação de R$ 1,1 milhão para R$ 3,3 milhões. O pedido valor foi feito no âmbito da quarta ação proposta pela AGU contra 42 detidos por participação nos atos e que ainda será analisada pela Justiça.
No total, a AGU já propôs o bloqueio de bens, em quatro ações, de 176 pessoas presas de terem participado da invasão e depredação dos prédios da Praça dos Três Poderes e sete empresas suspeitas de financiarem os atos. Ao menos R$ 4,3 milhões só em veículos de pessoas e empresas envolvidas já foram bloqueados judicialmente.