Leandro Ruschel: ‘dois efeitos devastadores do escândalo do INSS que abalam a esquerda’

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O economista e jornalista Leandro Ruschel, que vive nos Estados Unidos, comentou com veemência o escândalo dos descontos indevidos nas aposentadorias de beneficiários do INSS.

Em vídeo publicado em seu canal, Ruschel classificou o caso como “devastador para a esquerda”, apontando que sindicatos e associações agiram diretamente contra os mais vulneráveis da sociedade — e que autoridades do governo federal teriam sido coniventes com as fraudes.

Para Ruschel, o impacto político é grave, especialmente para partidos ligados à esquerda. “Esse escândalo do roubo dos aposentados por associações e por sindicatos é devastador para a esquerda por dois motivos”, afirmou logo no início do vídeo.

Segundo ele, o primeiro motivo é que o esquema desmente a narrativa de que a esquerda estaria ao lado dos mais pobres:“Esse roubo basicamente destrói a narrativa da esquerda como uma força preocupada com os mais pobres, com os carentes, com as pessoas que estão em dificuldades na sociedade.”

Ruschel destaca que os alvos do esquema eram justamente os mais frágeis: “Eles simplesmente desviaram recursos daquelas pessoas mais fragilizadas — aposentados, pessoas doentes, muitas vezes com problemas mentais, analfabetos, que moram nas regiões mais pobres do Brasil.”

Além do prejuízo financeiro, ele denuncia também o uso político dos mais pobres por parte da esquerda: “Isso evidencia que, na verdade, a esquerda explora os mais pobres tanto do ponto de vista financeiro, como a gente vê nesse caso, quanto do ponto de vista eleitoral, porque nessas regiões a esquerda domina.”

Ruschel também faz uma associação entre o atual escândalo e a memória da Operação Lava Jato, relembrando os casos de corrupção envolvendo figuras do atual governo: “Vem à memória novamente o que esse pessoal que tá no poder já fez no passado, que infelizmente foi descondenado e alçado de volta ao poder.”

Ele afirma ainda que os descontos indevidos em folha de pagamento explodiram justamente durante governos de esquerda: “Esse negócio de desconto em folha sempre foi um problema, mas explodiu durante o governo dos companheiros.”

O jornalista critica a lentidão e a omissão do governo federal diante das denúncias, especialmente a permanência no cargo do ministro responsável pelo INSS:

“Fica evidente que as autoridades responsáveis por monitorar essa situação, por coibir esse tipo de prática, são muito próximas dessas pessoas que cometeram as fraudes e, na melhor das hipóteses, fecharam os olhos.”

“A gente vê a dificuldade do governo responder quando mantém no cargo o ministro responsável pelo INSS, ao invés de demiti-lo. Ministro também que tem um longo histórico aí de envolvimento em outros escândalos.”

Na parte final de sua análise, Ruschel aponta um cenário de impunidade para corruptos e perseguição a críticos do governo:

“Vivemos no Brasil um verdadeiro pesadelo, em que as pessoas que sistematicamente promoveram esse tipo de ação no passado seguem intocáveis, enquanto aqueles que se manifestam, que criticam, que protestam, são sistematicamente censurados e até mesmo presos.”

“Não tem anistia para quem protesta. Só tem anistia para os corruptos no Brasil. Anistia ou proteção, né? Isso quando são condenados, porque na maior parte dos casos nem processados são.”

O escândalo do INSS, que envolve milhões de aposentados prejudicados por descontos automáticos sem autorização, segue sendo investigado por órgãos de controle, enquanto cresce a pressão por responsabilização dos envolvidos e por respostas concretas do governo federal.

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