A Justiça da Argentina emitiu uma decisão determinando a restrição geral dos bens do ex-presidente Alberto Fernández, conforme relatado pelo jornal Clarín. Além disso, foi ordenada a quebra do sigilo bancário e fiscal do político.
Fernández foi alvo de denúncia pelo Ministério Público (MP) do país no final de fevereiro, sob acusação de suposto desvio de verbas em uma contratação ilícita de seguros para trabalhadores do governo. O ex-presidente argentino nega veementemente as acusações.
Em 2021, Fernández assinou um decreto que obrigava entidades públicas estatais a contratar serviços da seguradora Nación Seguros, vinculada ao Banco de la Nación Argentina. A suspeita é que essa contratação, considerada irregular pelo MP, tenha sido utilizada como artifício para desvio de fundos.
O promotor argentino Ramiro González acusou Fernández, o corretor de seguros Héctor Martínez Sosa e o ex-chefe da Nación Seguros Alberto Pagliano pelo suposto desvio. Um dos pontos-chave questionados pela Justiça é o fato de que esse decreto possibilitou a contratação de intermediários que, segundo as investigações, teriam recebido comissões milionárias.
Os investigadores estão examinando a possibilidade de o contrato permitir a participação de outras seguradoras, na modalidade de cosseguro. Nesse contexto, foram envolvidas seguradoras ligadas a Sosa e pagas, de acordo com informações de uma resolução judicial obtida pelo Clarín, “comissões que, segundo relatos, seriam superiores às taxas de mercado”.
Além de Fernández, a Justiça argentina ordenou a restrição dos bens de Sosa e de sua esposa, a ex-secretária do chefe de Estado María Marta Cantero. E mais: Nunes Marques suspende reintegração de posse de área em Itaquaquecetuba (SP). Clique AQUI para ver. (Foto: Palácio do Planalto; Fonte: El Clarín; Poder360)