O Ministério Público do Rio Grande do Sul formalizou na quinta-feira (14) uma denúncia contra o ex-deputado federal Jean Wyllys (PT), acusando-o de cometer o crime de injúria em relação ao governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), durante uma discussão nas redes sociais sobre escolas cívico-militares, como relatado pela Folha de São Paulo.
Na denúncia, o Ministério Público argumenta que Wyllys injuriou Leite ao “ofender sua dignidade e decoro” devido à sua orientação sexual.
A promotora de Justiça Claudia Lenz Rosa afirmou que, ao direcionar críticas aos atributos pessoais do governador, “o denunciado ultrapassou os limites da liberdade de expressão e intencionalmente prejudicou a honra subjetiva da vítima.”
Nas redes sociais, o ex-deputado respondeu à denúncia afirmando que não tinha “tempo para maus comportamentos” e sugeriu que o governador estava usando a controvérsia como uma distração para os desastres causados por um ciclone que atingiu o estado, causando 47 mortes.
Wyllys também argumentou que os cidadãos do estado poderiam ter enfrentado impactos menores do ciclone se tivessem um governo mais comprometido com os alertas emitidos por cientistas, expressando sua “solidariedade” aos residentes do estado.
A promotora aceitou o pedido feito por Leite após uma discussão no Twitter. Na ocasião, o ex-deputado havia chamado o governador de “gay com homofobia internalizada” em crítica à decisão de Leite de manter o sistema de ensino cívico-militar no Rio Grande do Sul, contrariando o Ministério da Educação (MEC).
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Em resposta, o governador utilizou as redes sociais para reprovar a mensagem de Wyllys, classificando-a como “uma manifestação deprimente e repleta de preconceitos em várias direções, que em nada contribui para a construção de uma sociedade mais respeitosa e tolerante.” Leite ainda lamentou a suposta ignorância de Jean Wyllys.
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