Rosângela da Silva, a Janja, afirma ter um papel de ‘articuladora’ no governo de Lula e diz que, desde a campanha eleitoral, queria ressignificar o posto de primeira-dama por não ter o perfil tradicional de anfitriã de eventos de caridade e que visita instituições filantrópicas.
As declarações foram à BBC em uma reportagem sobre primeiras-damas. “Desde a campanha que disse que queria remodelar este papel de primeira-dama – a esposa que organiza chás de caridade e visita instituições filantrópicas, esse não é o meu perfil”, disse ela à BBC.
“Meu papel é de articuladora, que fala sobre política pública. Nós [Janja e o presidente] podemos estar em espaços diferentes e falando a públicos diferentes quando necessário”, afirma.
A esposa de Lula cita o episódio em que foi criticada por ir ao Rio Grande do Sul durante as fortes chuvas que atingiram o estado. Como ela não tem cargo público, a oposição apontou que Janja estava indo além de seu papel.
À reportagem, Janja se mostrou ‘chocada’ porque no século 21 as pessoas ainda discutiam sobre o que uma primeira-dama poderia fazer. “[Lula] me dá total autonomia para que eu possa fazer o que faço. Essa linha de hierarquia não existe entre mim e meu marido”.
Para Janja Lula da Silva, trata-se de escolha.“Trata-se de sair da caixa a que as primeiras-damas são sempre forçadas”, diz ela. “É uma questão de não ter aquela caixa. Ela pode fazer o que quiser.”
Além de Janja, a reportagem da BBC cita outras duas primeiras-damas: Beatriz Gutiérrez Müller, esposa do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, e a chilena Irina Karamanos, mulher de Gabriel Boric. Clique AQUI para ver na íntegra. (Foto: EBC; Fonte: BBC)