O café moído, item essencial na mesa do brasileiro, registrou um aumento acumulado de 80,2% nos últimos 12 meses, conforme dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados nessa sexta-feira (9) pelo IBGE. Trata-se da maior variação inflacionária para o produto desde maio de 1995, quando o índice atingiu 85,5%.
A inflação acumulada atual supera inclusive o período inicial do Plano Real, cujo cálculo incluía dados de junho de 1994, mês anterior à implantação da nova moeda.
Embora a alta tenha desacelerado nos últimos meses, o café ainda pesa no bolso do consumidor. Somente em abril, os preços avançaram 4,48%, após aumentos de 8,14% em março e 10,77% em fevereiro – este último, o maior salto mensal em 26 anos.
O gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, atribuiu parte da pressão de preços à ‘conjuntura global’. “E o dólar também acaba encarecendo”, afirmou ele ao Valor Online.
Em fevereiro, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) já havia previsto a elevação, explicando que os custos de aquisição do grão ainda estavam sendo gradualmente transferidos ao consumidor final.
Além disso, a exportação de café ganhou um novo fôlego. A China, que figurava apenas na 20ª colocação entre os importadores do produto brasileiro em 2023, agora ocupa a 6ª posição, reforçando a pressão sobre a oferta interna. O Brasil segue como o maior produtor e exportador mundial de café. E mais: Nubank anuncia novidade para clientes. Clique AQUI para ver. (Foto: PixaBay; Fonte: G1)