Nova York pagará US$ 13 milhões a manifestantes presos durante protestos de George Floyd

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A cidade de Nova York concordou em pagar US$ 13 milhões (cerca de 63 milhões de Reais) a centenas de pessoas que foram presas durante as manifestações de George Floyd em 2020, segundo advogados dos demandantes, que disseram que foi o maior acordo de ação coletiva já pago em um caso como esse nos Estados Unidos.

A cidade concordou em pagar US$ 9.950 (quase 48 mil reais) a cada um dos mais de 1.300 manifestantes detidos por policiais de Nova York durante vários protestos (muito deles violentos) entre 28 de maio e 4 de junho de 2020, de acordo com um comunicado dos advogados.

“Embora tornar um grande número de manifestantes indenizados seja uma imensa vitória a ser comemorada, os contribuintes da cidade precisarão continuar desembolsando milhões até que a Prefeitura pare de se curvar aos piores caprichos violentos do NYPD”, disse Remy Green, um dos advogados, referindo-se ao Departamento de Polícia de Nova York.

Pessoas presas por outras acusações, como incêndio criminoso ou destruição de propriedade, serão excluídas do acordo, que ainda requer a aprovação do Tribunal Distrital dos Estados Unidos.

O NYPD disse em comunicado que “melhorou várias práticas” para lidar com protestos ‘como os que ocorreram’ durante a pandemia.

“A cidade e o NYPD continuam comprometidos em garantir que o público esteja seguro e o direito das pessoas à expressão pacífica seja protegido”, afirmou.

Segundo o entendimento da Justiça, manifestantes em 18 locais, incluindo Union Square, Central Park e Barclay’s Center no Brooklyn, ‘foram submetidos’ ao uso ‘indevido’ de spray de pimenta, ‘força excessiva’ com cassetetes e outras táticas ilegais, como “chaleira”, mostram documentos do tribunal.

Também foi questionada a prátic do ‘Kettling’, uma tática na qual a polícia encurrala os manifestantes em um espaço apertado ou os cerca, prendendo-os efetivamente.

Bastões, spray de pimenta e outros irritantes químicos e até bicicletas foram usados com força contra os manifestantes, de acordo com documentos judiciais.

“As realidades prejudiciais contra as quais estávamos protestando em 2020 persistem. Pessoas negras e pardas são desproporcionalmente assediadas, processadas, presas e mortas pela polícia”, disse a defesa dos detidos.

Em um acordo separado em março, Nova York concordou em pagar cerca de US$ 7 milhões a mais de 300 pessoas presas durante uma manifestação em 4 de junho de 2020 no bairro do Bronx, em Nova York.


Fonte: Reuters
Foto: reprodução vídeo

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