Minas Gerais enfrenta recorde de incêndios florestais em 2024

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Minas Gerais vive um dos piores cenários de incêndios florestais dos últimos 14 anos, com mais de 3,6 mil focos de incêndio em vegetação registrados no início de 2024, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Esse é o maior número de ocorrências para o período desde 2010.

Em resposta à gravidade da situação, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais mobilizou, nesta quarta-feira (21), mais duas aeronaves especializadas no combate a incêndios florestais. Pelo menos oito Unidades de Conservação em todo o estado estão sendo atingidas por incêndios de grandes proporções.

Na região central de Minas, a Serra do Cipó, localizada em Santana do Riacho, já enfrenta mais de três dias consecutivos de combate às chamas, que começaram no domingo. Um levantamento preliminar aponta que o Parque Nacional da Serra do Cipó e a Serra da Moeda já perderam mais de mil hectares de vegetação.

 

Os bombeiros, que atuam incansavelmente na região, conseguiram controlar o avanço do fogo que ameaçava o município de Santana do Riacho e as comunidades de Serra Morena e Mãe D’Água. Até o momento, as autoridades não recomendaram evacuação, mas o Parque da Serra do Cipó foi fechado para visitação devido ao risco e à fumaça densa, sem previsão de reabertura.

As investigações iniciais apontam para a possibilidade de incêndio criminoso. O coordenador de Prevenção e Combate a Incêndios do ICMBio, João Paulo Morita, explicou que, além dos bombeiros, o instituto enviou aeronaves para apoiar as operações. “Foram múltiplos focos de incêndio que começaram ali próximos ao km 120 da rodovia MG-010 e acabaram se espalhando por toda aquela região, inclusive atingindo o Parque Nacional da Serra do Cipó”, relatou Morita.

Ele destacou que, embora a situação tenha melhorado, com os focos de incêndio controlados, ainda há risco de reignição. “O trabalho agora é extinguir todos os pontos quentes restantes para evitar que as chamas ressurgem”, explicou.

A Serra do Cipó, com uma área de 33.800 hectares, é um importante refúgio para espécies ameaçadas da flora e fauna brasileiras, além de ser um destino turístico conhecido por suas paisagens e pela terceira maior cachoeira do país. Além da Serra do Cipó, outras sete unidades de conservação em Minas Gerais também estão em chamas. E mais: Mourão assume que ‘estava enganado redondamente’ ao dizer que Brasil vive ‘democracia pujante’. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: CBN)

 

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