Fogo atinge 200 hectares do Parque Nacional do Itatiaia

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O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade estima que o Parque Nacional do Itatiaia (PNI) teve 200 hectares atingidos pelo fogo, desde as queimadas iniciadas na última sexta-feira (14). Apesar de focos do incêndio terem sido controlados na noite deste domingo (16), o monitoramento das equipes continua no local e, segundo o órgão, o combate às chamas vem sendo feito de forma incessante, inclusive durante a madrugada.

“A área atingida até o momento foi de aproximadamente 200 hectares. Algumas frentes do incêndio já foram controladas, no entanto, demandam monitoramento constante pela facilidade do fogo retornar nos períodos mais quentes do dia”, informou o ICMBio à EBC.

Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, major Fábio Contreiras, ter o incêndio controlado não significa que ele está extinto. “Temos focos de calor e focos de fumaça ainda e com pequenas labaredas. No momento, ele está cercado, controlado e não tem probabilidade de expandir. A gente já conseguiu cercar e impediu o avanço dele”.

O major acrescentou que agora os bombeiros estão com 70 militares na operação de monitoramento de áreas queimadas e das adjacentes verdes que ainda não foram atingidas. O cenário de risco permanece por causa de ventos fortes, falta de chuva e vegetação seca.

 

 

“Naquela área tem uma vegetação que em algumas partes é de turfa, resto de material orgânico e de vegetação que fica no subsolo escondido. Esse material orgânico queima embaixo do solo, por isso a gente fica molhando e utilizando helicópteros para que essa água penetre no solo e não tenha mais riscos do incêndio retornar. As equipes permanecem lá e a gente continua com o monitoramento das áreas para evitar que os focos possam retornar com mais força”, explicou.

Por questão de segurança dos visitantes e equipes envolvidas na operação de controle do incêndio, a visitação na Parte Alta do parque permanece suspensa até a próxima quarta-feira (19), com possibilidade de prorrogação desta data. Anteriormente a suspensão das visitas era até hoje (17).

 

Incêndio
O fogo começou na sexta-feira, por volta das 14 horas, na Parte Alta do PNI, nas proximidades do Morro do Couto e da portaria da parte alta, Posto Marcão, e se alastrou rapidamente pela vegetação seca. De acordo com o ICMBio, as causas “serão apuradas posteriormente aos trabalhos de combate e controle total do incêndio”.

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro informou que segue atuando no monitoramento de novos focos e no resfriamento das áreas atingidas pelo incêndio florestal. Desde o início dos trabalhos, os bombeiros do Rio empregam cerca de 100 militares, 20 viaturas, drones e duas aeronaves da corporação.

“A operação segue, sem prazo de encerramento, com bombeiros militares especialistas em combate a incêndios florestais em terra e helicópteros no ar, a fim de prevenir e combater pontos de reignição [retomada do fogo]”, afirmou.

Conforme o ICMBio, a operação de combate envolve ainda integrantes de diversas instituições, como brigadas do Parque Nacional do Itatiaia, do Parque Estadual da Serra do Papagaio e do Ibitipoca, da concessionária Parquetur, administradora do uso público do Itatiaia, IBAMA (Prevefogo), Fundação Florestal SP, Exército, Anjos da Montanha, Defesa Civil de Itamonte e voluntárias(os), e equipes de outras Unidades do ICMBio. Além disso, tem o apoio das prefeituras de Resende, de Itamonte e de Itatiaia.

O Parque Nacional do Itatiaia foi criado por Getúlio Vargas, em 1937, e é considerado o primeiro parque nacional do Brasil. Está localizado na Serra da Mantiqueira, alcançando áreas nos estados do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de São Paulo. Números do ICMBio indicam que em 2023 houve visitação recorde com cerca de 150 mil visitantes.

Começou mal
No início deste mês, incêndios florestais começaram a alarmar os residentes do Pantanal. Na semana passada, ficou evidente que a situação é grave em outras regiões do Brasil também. O país já registra o maior número de focos de incêndio dos últimos 21 anos no primeiro semestre, com cinco dos seis biomas brasileiros apresentando aumento nas queimadas. Clique AQUI para ver.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até quinta-feira, foram registrados 27.914 focos de incêndio entre janeiro e junho. Esse número se aproxima do recorde anterior de 27.991 focos, verificado no mesmo período em 2003.

Os biomas mais afetados incluem o Pantanal, o Cerrado e a Amazônia, que vêm enfrentando uma escalada nos incêndios nos últimos três anos. Além disso, a Caatinga e a Mata Atlântica também apresentam um cenário preocupante, segundo o Inpe. Apenas o Pampa, no Sul do país, escapou da proliferação de fogo, mas enfrentou enchentes devastadoras. E mais: Mendonça mantém preso condenado pelo ‘8 de Janeiro’. Clique AQUI para ver. (Foto: divulgação Bombeiro; Fonte: EBC)

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