Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz), afirmou que não há necessidade de o governo Lula adotar medidas para importação de arroz como forma de evitar impactos na inflação devido às enchentes no Rio Grande do Sul. Ele ressaltou que, apesar dos transtornos causados pelas inundações, os gaúchos ainda produzirão mais arroz do que no ano passado.
“Sem motivo, a medida não é necessária. Não há razão para o governo tomar essa decisão, trazendo novamente um desestímulo caso os preços caiam”, disse Velho.
Ele acrescentou que as possíveis importações de arroz pela estatal Conab, anunciadas pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, vão pressionar os preços, desestimulando os produtores gaúchos na próxima safra.
O Rio Grande do Sul, que normalmente responde por 70% da produção nacional de arroz, deverá colher 7,2 milhões de toneladas do produto na safra 2023/24, um volume superior ao da safra passada, que foi de 6,9 milhões de toneladas, segundo Velho.
De acordo com o presidente da Federarroz, as perdas na safra de arroz do Rio Grande do Sul devido às enchentes são estimadas em cerca de 250 mil toneladas. Isso porque o estado já havia colhido 83% da área de arroz, e os produtores ainda podem colher nas lavouras que não foram destruídas pelas enchentes.
O total colhido antes das cheias já garantiu ao RS uma produção de 6,5 milhões de toneladas, uma vez que as produtividades foram maiores nesta safra, e a área plantada cresceu.
“Temos seis regiões arrozeiras no Rio Grande do Sul. A mais atingida pelas enchentes é a região central, lá temos um problema bem pior, a região planta em beira de rio, então lá tem uma situação bem complicada. Talvez metade da área que falta na região central não poderá ser colhida”, explicou.
Além das lavouras, as enchentes atingiram silos em algumas regiões, segundo relatos do setor. “Claro, tem alguns produtores que não vão colher nada, mas, de forma geral, temos tranquilidade em relação ao abastecimento.” Velho também destacou que a entidade não foi consultada pelo governo sobre a necessidade de importações pela Conab.
Quanto à fala do ministro Fávaro sobre a preferência de importar do Paraguai, Velho afirmou que o país vizinho produz em torno de 1 milhão de toneladas e já vendeu mais da metade da safra, atendendo a diversos mercados, inclusive o Brasil.
Segundo o dirigente, a perda de arroz pelas enchentes no Rio Grande do Sul será compensada pelo volume que o Brasil deixará de exportar, já que o mercado interno tem um preço mais vantajoso do que no exterior. E mais: Chef e apresentador Felipe Bronze é agredido em assalto no RJ: ‘Coronhadas na cabeça’. Clique AQUI para ver. (Foto: Pixa Bay; Fonte: CNN Brasil)
“O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul, Alexandre
Velho, diz que 84% da safra já foi feita e que há mais de 6,5 milhões de toneladas de arroz estocadas. “Não existe necessidade de importação de arroz”, afirma. Segundo ele, o maior problema… pic.twitter.com/yMD6zUyM58— RoziSNews (@RoziSNews) May 11, 2024