O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou a sexta-feira (18) com queda de 0,22%, atingindo 130.499,26 pontos.
Com isso, o acumulado da semana foi de 0,39%, o que interrompeu uma sequência de duas semanas consecutivas de perdas. Apesar disso, o desempenho de outubro ainda é negativo, com uma baixa acumulada de 1,00% no mês, restando nove pregões para tentar reverter o cenário.
Dólar e juros futuros em alta
O dólar comercial teve nova alta na sexta-feira, encerrando o dia cotado a R$ 5,69, chegando a R$ 5,70 na máxima do dia. Esse movimento reflete, em parte, o cenário global incerto e a pressão sobre o câmbio, tanto por fatores externos quanto internos.
Enquanto isso, os juros futuros (DIs) também subiram, com vários contratos se aproximando dos 13%, o que reflete a expectativa de maiores dificuldades fiscais e inflacionárias.
Impactos da economia chinesa
O mercado financeiro foi bastante influenciado pelos novos dados econômicos da China, que mostraram um crescimento de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior. No comparativo anual, o crescimento foi de 4,6%, ligeiramente abaixo dos 4,7% registrados no trimestre anterior, mas a desaceleração foi menor do que o esperado. (veja mais em vídeo ao fim da reportagem)
Além disso, o setor imobiliário chinês preocupa: as vendas de novas moradias caíram 24% no acumulado do ano, o que se soma à queda nas exportações. Em resposta, o banco central da China anunciou um pacote de estímulos, com dois novos esquemas de financiamento que deverão injetar até 800 bilhões de iuanes no mercado.
Situação fiscal brasileira e incertezas
No Brasil, a preocupação fiscal continua em foco. Especialistas do mercado destacam que o controle da dívida pública é urgente, e muitos questionam a capacidade do governo em lidar com o problema.
Ações de destaque: Petrobras e Vale oscilam
Entre as ações, a Petrobras (PETR4) tem enfrentado dificuldades com a queda no preço internacional do petróleo, agravada pela incerteza sobre a demanda chinesa e os planos de produção da Opep+. Na sexta-feira, os papéis da estatal caíram 0,27%.
A Vale (VALE3), outra gigante da bolsa, iniciou o dia com uma alta de mais de 1%, animada pelos resultados mistos da economia chinesa. No entanto, a valorização não se sustentou, e os papéis fecharam em queda de 0,35%, acompanhando o pessimismo com a baixa no preço do minério de ferro.
Setor varejista e bancos
As empresas do setor varejista também contribuíram para o desempenho negativo do Ibovespa, pressionadas pela alta nos juros futuros. Lojas Renner (LREN3) caiu 1,66%, enquanto Magazine Luiza (MGLU3) recuou 1,78%.
O destaque positivo foi Assaí (ASAI3), que subiu 0,42%, impulsionada pelo anúncio de revisões em suas projeções de expansão. Por outro lado, os bancos ajudaram a equilibrar as perdas no índice. Bradesco (BBDC4) avançou 0,79% e Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 0,48%, continuando a trajetória de alta recente.
Marfrig é o destaque da semana
A Marfrig (MRFG3) se destacou no pregão de sexta-feira, disparando 5,97%. A valorização foi impulsionada por análises que indicam espaço para novas altas, mesmo após a empresa acumular quase 50% de valorização no ano. Analistas técnicos apontam para alvos positivos adicionais para os papéis da companhia no futuro próximo. E mais: ‘PL’ expulsa deputado Júnior Mano após apoio a adversário em Fortaleza. Clique AQUI para ver. (Foto: PixaBay; Fonte: Info Money)