O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (17) que a inflação no Brasil se mantém entre 4% e 5%, um patamar que considera “relativamente normal” dentro do histórico da economia nacional desde o Plano Real.
“O Brasil tem feito um trabalho, tentando encontrar um caminho de equilíbrio e sustentabilidade mesmo em fase de um ajuste importante. O Brasil deixou uma inflação de dois dígitos há três anos. Hoje temos uma inflação em torno de 4% a 5%, que é uma inflação relativamente normal para o Brasil desde o Plano Real há 26 anos”, declarou Haddad durante sua participação no painel “Um caminho para a resiliência dos Mercados Emergentes”, na Conferência do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Al-Ula, na Arábia Saudita.
Inflação oficial do país em 2024 é de 4,83%, acima do limite da meta. Em 2023, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) havia ficado em 4,62%.
O ministro ressaltou que a valorização do dólar ao redor do mundo impactou a inflação brasileira no segundo semestre do ano passado, o que levou o Banco Central a adotar medidas restritivas para conter os preços.
“Com a valorização do dólar pelo mundo, isso acabou nos fazendo ter problemas com inflação no segundo semestre do ano passado. Por isso o Banco Central teve de intervir para garantir que a inflação fosse controlada”, explicou.
A primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sob a liderança de Gabriel Galípolo, novo presidente do Banco Central, resultou na elevação da Taxa Selic em um ponto percentual, chegando a 13,25% ao ano. O BC também indicou que pode haver um novo aumento, levando a taxa para 14,25% ao ano em março.
Haddad destacou, no entanto, que a recente valorização do real frente ao dólar pode contribuir para a contenção da inflação e reduzir a necessidade de novos aumentos na taxa de juros. E mais: Vaticano: Papa enfrenta ‘situação clínica complexa’. Clique AQUI para ver. (Foto: Ministério da Fazenda; Fonte: O Globo; EBC)
