GSI dispensou reforço de guarda no Planalto 20 horas antes da invasão

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(Brasília – DF, 15/01/2019) Tropa do Batalhão da Guarda Presidencial.
Fotos: Isac Nóbrega/PR



O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) dispensou, por escrito, o pelotão de 36 homens do Batalhão da Guarda Presidencial 20 horas antes da invasão aos prédios dos três poderes, no último domingo (8). As informações são do portal do jornal O Estado de São Paulo, nesta quinta-feira (12).

Segundo a reportagem do veículo, o reforço da guarda atuou no sábado (7), entretanto no domingo (8) a Esplanada contou apenas com o efetivo da guarda normal, “quase desprovida de equipamento de controle de distúrbios civis, como escudos, bombas de gás e balas de borracha”. Segundo o Estadão, “a maioria do efetivo dispunha somente de fuzis com munição letal”.

Só no início da tarde que o Comando Militar do Planalto (CMP), “por iniciativa própria”, entrou em contato com o GSI e reenviou o pelotão ao Planalto. Entretanto, para efeito de comparação, o número de soldados enviados foi cerca de 15 vezes menor do que o contingente presente em 24 de maio de 2017 para conter a ação de black blocks que pediam a saída do então presidente Michel Temer (MDB).

Ainda na reportagem, o Estadão revela que o GSI formalizou o pedido de reforço somente após o envio de tropas extras do Comando Militar do Planalto, sob o comando do general Geraldo Henrique Dutra Menezes. A partir desse momento, quando a invasão ainda acontecia, o GSI aciona o ‘Plano Escudo’, “que prevê a proteção do Planalto, da Alvorada, do Jaburu e da Granja do Torto sem que seja necessária decretação de operação de Garantia de Lei e Ordem (GLO)”, explica a reportagem.

A matéria explica ainda que, quando entraram no Planalto, os policiais soltaram bombas de gás e passaram, “segundo militares do Exército”, a agredir os detidos. “Uma senhora rezando levou um tapa. Outra de pé foi derrubada com uma rasteira. Foi quando, segundo relato dos militares do Exército, o coronel tentou conter os PMs e foi filmado”, o que fez pairar sobre ele acusações de que estaria protegendo os manifestantes.

Entretanto, os próprios manifestantes também reclamaram de sua postura. “no momento das prisões, uma das detidas, uma mulher que parecia ter 70 anos, acusou o coronel: “O senhor é um traidor”. Segundo relatos dos colegas, o coronel Fernandes ficou abalado. Entre os detidos havia parentes de militares. Todos foram presos e entregues pelo coronel à polícia”.

E veja também: PF encontra na casa de Torres documento para decreto de estado de defesa no TSE. Clique AQUI para ver.


Fonte: Estadão
Foto: Agência Brasil

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