Motoristas e cobradores de ônibus em São Paulo agendam greve

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Os trabalhadores das empresas de ônibus de São Paulo anunciaram uma greve para a próxima sexta-feira (7 de junho), que deverá paralisar as atividades de aproximadamente 60 mil profissionais do setor, incluindo motoristas, cobradores e operadores de manutenção.

A decisão pela interrupção dos serviços foi tomada na tarde desta segunda-feira, 3 de junho, em uma assembleia realizada pela categoria em frente à Prefeitura de São Paulo, localizada no centro da capital. O movimento está programado para começar à meia-noite de sexta-feira e durar 24 horas. As operações dos ônibus intermunicipais não serão afetadas.

Entre as reivindicações, a direção do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTRUSP), também conhecido como SindMotoristas, solicita um reajuste salarial de 3,69%, com base no IPCA-IBGE, além de um aumento real de 5%. Os sindicalistas também exigem a reposição das perdas salariais ocorridas durante a pandemia, que, segundo cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), chegam a 2,46% e ainda não foram corrigidas.

De acordo com o SindMotoristas, “os patrões ofereceram apenas 2,77% e a composição da diferença pelo Salariômetro (índice medido pela FIPE)”, mas essa proposta já havia sido rejeitada em uma assembleia realizada em setembro. Outras demandas dos trabalhadores incluem melhorias nos convênios médico e odontológico, uma jornada de trabalho de 7 horas (6h30 mais 30 minutos de descanso e refeição) ou 6 horas trabalhadas e 1 hora remunerada, além de auxílio funeral.

Uma plenária está marcada para esta terça-feira, 4 de junho, na sede do SindMotoristas, onde será definido como o movimento grevista vai funcionar, conforme declarou ao jornal Estadão Nailton Porreta, um dos diretores do grupo. Porreta também afirmou que a categoria está disposta a trabalhar na sexta-feira caso a Prefeitura de São Paulo conceda tarifa zero para a população. “Queremos propor um desafio ao prefeito Ricardo Nunes: se ele conceder tarifa zero, liberamos 100% da frota”, disse o diretor.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que defende o direito à livre manifestação, mas exige que a greve seja comunicada com 72 horas de antecedência e solicita a manutenção de uma frota mínima durante os horários de pico “para reduzir o impacto junto à população”.

A administração municipal enfatizou a necessidade de atender os 7 milhões de passageiros que utilizam os ônibus diariamente para que não sejam prejudicados e informou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) estará de prontidão para eventuais ocorrências.

No comunicado, a Prefeitura ressaltou que, em relação às motivações dos trabalhadores, sua função é apenas acompanhar a negociação entre as partes. A administração municipal espera que os representantes dos trabalhadores e dos empresários cheguem a um acordo na campanha salarial, evitando prejuízos aos passageiros. E mais: STF gasta R$ 200 mil com 4 seguranças no Réveillon nos EUA e se nega a informar ministros. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Estadão)

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