Greve do Ibama acumula contêineres e carros em portos

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O setor automotivo nacional está enfrentando um grave problema relacionado às peças e componentes importados. Cerca de 1.200 contêineres estão parados nos portos, aguardando a liberação de órgãos como o Ibama e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que são responsáveis pela conferência sanitária dos recipientes. A informação é da Revista Quatro Rodas.

O motivo da demora na liberação é a greve de ‘tartaruga’ adotada por ambos os órgãos, iniciada em janeiro, que reivindica ao governo federal melhorias em suas carreiras. Essa greve não apenas atrasa a liberação de peças e componentes, mas também de carros a combustão e híbridos, que necessitam de uma licença de importação emitida pelo Ibama.

De acordo com a Anfavea, esse atraso não era esperado e se soma aos problemas causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. “Já temos diversos problemas locais para superar, como a crise no Rio Grande do Sul, e agora estes componentes parados prejudicam a nossa produção”, afirmou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.

O estado do Rio Grande do Sul fornece peças e outros componentes para algumas fábricas automotivas, incluindo as plantas paulistas da Volkswagen nas cidades de São Bernardo do Campo, São Carlos e Taubaté. A montadora anunciou férias coletivas para essas três unidades na última segunda-feira (20), devido à falta de insumos.

A Anfavea estima que aproximadamente 18% dos contêineres estejam carregados com materiais para a produção de máquinas agrícolas, enquanto os outros 82% contenham peças e componentes para a produção de veículos. Além disso, a entidade contabiliza que 17,3 mil carros estão aguardando nos portos, sendo que, em março, esse número chegou a 47 mil.

‘Respostas’
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quinta-feira, 23, que o governo está tentando dar uma resposta nas negociações travadas com os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), cuja greve tem afetado o setor produtivo. Segundo Costa, o pedido partiu diretamente de Lula.

“Lula reiterou a ministra Esther (Gestão) que bote ponto final definitivo às negociações para que cheguemos onde devemos chegar, agora cabe ter uma definição”, disse Costa ao ser questionado sobre o assunto em participação no Fórum da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).

Na semana passada, por exemplo, a Petrobras disse que a paralisação tem impactado a produção da estatal em cerca de 2% devido ao atraso em autorizações. “Estamos finalizando a orientação do presidente através da ministra Esther”, afirmou Costa. E mais: Rio Grande do Sul investiga mais de 800 casos de leptospirose. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução Vports; Fontes 4Rodas; Estadão)

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