Empregados da Eletrobras rejeitam acordo e aprovam greve

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Em assembleias realizadas em todas as bases da Eletrobras nos últimos dois dias, os funcionários da empresa, privatizada há dois anos, decidiram rejeitar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/26 e iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, 10 de junho, conforme informou o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE). Além disso, a categoria decidiu solicitar a mediação pré-processual no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A proposta inicial da Eletrobras incluía uma redução salarial de 12,5% para funcionários que ganham menos de R$ 16 mil, corte que foi posteriormente reduzido para 10% e finalmente retirado da mesa de negociação. Além dessa intenção de reduzir salários, a empresa também propôs congelar parte das remunerações atuais até 2026, justificando que herdou uma folha salarial muito inchada do setor público, com salários e benefícios considerados incompatíveis com os padrões do setor privado.

Na última reunião entre as partes, realizada em 23 de maio, a empresa manteve a proposta de corte salarial para quem ganha acima de R$ 16 mil, mas sugeriu que essas reduções fossem negociadas individualmente. O ACT atual tem vigência até 7 de junho.

De acordo com a proposta, os salários acima de R$ 6 mil não teriam reajuste por dois anos, enquanto os salários abaixo desse valor receberiam reajustes equivalentes a 100% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) durante a vigência do ACT 2024/26. Além disso, os benefícios dos empregados também não seriam reajustados no período.

Para os profissionais que aceitarem a negociação individual para redução salarial, a Eletrobras ofereceu três compensações: uma indenização de 12 meses da diferença do valor ajustado da remuneração; garantia de emprego ou salário por 24 meses (até 30 de abril de 2026); e, no caso dos gerentes que já renegociaram a remuneração, a contagem dos 24 meses de garantia a partir da data da revisão salarial.

O CNE acusa a Eletrobras de pressionar os empregados para aprovar o acordo, oferecendo o pagamento de um abono de R$ 9 mil até sexta-feira, enquanto as perdas estimadas com o novo ACT seriam, em média, de R$ 51 mil por trabalhador em dois anos.

Assim, os funcionários da Eletrobras, insatisfeitos com as propostas apresentadas e preocupados com as perdas financeiras e de benefícios, decidiram pela greve e pela busca de mediação no TST, esperando encontrar uma solução mais justa para todos os envolvidos. E mais: Ação no STF pede inconstitucionalidade de escolas cívico-militares em SP. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fontes: IstoÉ Dinheiro; Poder360)

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