Greta Thunberg foi detida, nesta terça-feira (17), ao lado de outros ativistas durante protestos contra a demolição da vila carbonífera de Luetzerath. Entretanto, a polícia já adiantou que todo o grupo será libertado no final do dia.
“Não há razão para segurá-los por dias. Pode levar horas ou eles irão embora imediatamente”, disse um porta-voz da polícia regional em Aachen, falando sobre todo o grupo de manifestantes.
Thunberg foi detida enquanto protestava na mina de carvão a céu aberto de Garzweiler 2, cerca de 9 km (5,6 milhas) de Luetzerath, onde ela se sentou com um grupo de manifestantes perto da borda da mina. Assista abaixo!
🚨Alemanha 🇩🇪: A ativista Greta Thunberg, foi retirada novamente de um protesto contra o plano do governo alemão de expansão de uma mina de carvão.
A polícia diz que ela não foi presa, mas levado embora e agora está detido junto com outros manifestantes para identificação. pic.twitter.com/YAae9GI3sv
— Ivan Kleber (@lordivan22) January 17, 2023
A limpeza da vila no estado ocidental da Renânia do Norte-Vestfália foi acordada entre a RWE e o governo alemão em um acordo que permitiu à gigante da energia demolir Lutzerath em troca de sua saída mais rápida do carvão e preservando cinco aldeias originalmente destinadas à destruição.
Os ativistas disseram que a Alemanha não deveria mais minerar linhito (carvão fóssil) e deveria se concentrar na expansão da energia renovável.
A polícia de choque, apoiada por escavadeiras, removeu os manifestantes dos edifícios, mas outros, incluindo Thunberg, permaneceram no local realizando uma manifestação até terça-feira. Ela foi flagrada sentado sozinha em um grande ônibus da polícia depois de ter sido detida.
“Vamos usar a força para levá-los à verificação de identidade, então, por favor, cooperem”, disse um policial ao grupo. “Greta Thunberg fazia parte de um grupo de ativistas que correram para a borda. No entanto, ela foi parada e carregada por nós com este grupo para fora da área de perigo imediato para estabelecer sua identidade”, disse um porta-voz da polícia de Aachen à Reuters, acrescentando um ativista havia pulado na mina.
Thunberg foi carregada por três policiais e segurada por um braço em um local mais distante da borda da mina onde ela estava sentada anteriormente com o grupo. Ela foi então escoltada de volta para as vans da polícia.
Greta se dirigiu aos cerca de 6.000 manifestantes que marcharam em direção a Lutzerath no sábado (14), chamando a expansão da mina de “traição das gerações presentes e futuras”. “A Alemanha é um dos maiores poluidores do mundo e precisa ser responsabilizada”, disse ela.
A última postagem de Greta nas redes sociais foi há quatro dias, justamente falando que estava no local em protesto. “Atualmente, estamos em Lützerath, um vilarejo alemão ameaçado de demolição para a expansão de uma mina de carvão. As pessoas têm resistido e defendido Lützerath por anos. Recentemente começaram as remoções, mas o espírito de luta ainda persiste”.
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