O governo Lula decidiu que o horário de verão não será retomado em 2024, após avaliar os efeitos econômicos e energéticos da medida. Em reunião realizada nesta quarta-feira (16), foi determinado que o impacto financeiro não justifica o ajuste de horário, mantendo-se o horário padrão em todo o país. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia afirmado que a mudança só ocorreria se fosse “estritamente necessária”.
Durante o anúncio, Silveira destacou que a decisão foi tomada com cautela. “Reunimos especialistas em dez ocasiões nos últimos 45 dias para debater o tema. Concluímos que não é necessário implementar o horário de verão neste ano. Nossa segurança energética está garantida, e começamos a observar uma recuperação, embora ainda modesta, de nossas reservas hídricas”, explicou. No entanto, ele ressaltou que a possibilidade de adoção do horário de verão em 2025 será reexaminada.
O ministro também destacou o papel do planejamento na melhoria da situação hídrica. “Não foi apenas a ‘ajuda de São Pedro’, mas o planejamento adequado que nos permitiu alcançar 11% a mais de água em nossos reservatórios de cabeceira”, declarou.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) havia recomendado a volta do horário de verão, argumentando que a medida poderia ser crucial para enfrentar a crise hídrica.
O país enfrenta a pior seca desde 1950, e o horário de verão poderia reduzir a demanda de energia em até 2% durante o início da noite, período de maior consumo. Estimativas indicam que essa redução poderia gerar uma economia de até R$ 400 milhões, ao diminuir o uso de termelétricas. Veja a coletiva abaixo!